domingo, 17 de agosto de 2008

Vans Tour 08 - Sick of it All & Ignite.


Se na coleção passada a marca apresentou nomes como Parkway Drive (Austrália) e Comeback Kid (Canadá), entre outros, desta vez o festival Vans Tour 2008 veio com nada mais nada menos do que oito bandas em um só dia, destaque para Ignite e Sick of it All.
Por Mauricio Melo
VANS TOUR 2008
Sala Apolo, Barcelona 26/4/2008
Mauricio Melo, texto e fotos
No cast deste ano estiveram Hook, Twenty Fighters, Burn the 8 Track, Windom in Chains, Death Before Dishonor, Subterranean Kids e, para fechar a noite em alto estilo, Ignite e Sick of it All. O único erro da organização foi realizar um festival com tantas bandas em um sábado com início as 16h30, levando em consideração que Barcelona é uma cidade que não pára e provavelmente muitos não puderam assistir todas as atrações. Fazendo parte destes muitos, não pude chegar a tempo de assistir aos shows anteriores.
Ao chegar à sala do Clube Apolo, o grupo Ignite (foto) já estava apresentando seu desfile e como modelito principal o último álbum, Our Darkest Days (2006). Para grande parte da imprensa especializada foi considerado um dos melhores discos de punk/hardcore melódico dos últimos tempos, o que rendeu à banda um patrocínio da própria marca organizadora do festival.
Além das ótimas músicas do disco anterior, A Place Called Home (2000), como "Who Sold Out Now?" e "Fill in the Blanks", o setlist foi praticamente todo em cima de Our Darkest Days, destaque para "Bleeding", "Let it Burn" e "Poverty for All". Era impressionante ver a cara de satisfação do público cantando junto à banda. O grupo ainda tocou a cover "Sunday Blood Sunday", do U2, e finalizou com uma seção acústica para as músicas "Live for Better Days" e "Slowdown".
Sem muito suspense entrou em cena o Sick of it All. O que mais impressiona, antes de mais nada, é ver como uma banda hardcore não-melódico conseguiu atingir um nível de admiração tão grande, independente do perfil do público. Outros grupos, como Agnostic Front, têm lá o seu respeito conquistado e uma posição intacta na cena hardcore, porém é um público mais direcionado, mais definido. O S.O.I.A. não, é admirado tanto pelos radicais quanto pelos fãs do hardcore melódico. Uma banda que inclusive ganhou um (bom) disco tributo ainda em vida, já que normalmente os tributos são feitos in memoriam.
Com mais de vinte anos de carreira e uma dezena de discos lançados, os irmãos Peter e Lou Koller, guitarrista e vocalista respectivamente, acompanhados de Armand Majidi na bateria e Craig Setari no baixo, desde o lançamento de Scrach the Surface (1994), desfilaram novos e velhos modelitos, alguns clássicos e muita simplicidade. Com a habitual entrada "Somos o Sick of it All da cidade de Nova York", que já serve de senha para o despejo do poderoso peso, não deixaram a peteca cair em nenhum momento.
As já tradicionais "Good Lookin' Out" e "Built to Last", do álbum Built to Last (1997), confirmaram presença no já esperado setlist da banda. Do primeiro álbum, Blood, Sweat and No Tears (1989), a já clássica "Injustice System" se fez presente. Durante a execução de "Busted", espetacularmente cantada pelo baixista Craig Setari, um roadie ainda segurava um megafone para dar mais ênfase ao vocal.
Das mais recentes, apresentaram "Take The Night Off" e "Uprising Nation", ambas do álbum Death to Tyrants (2006), "Relentless", do Life on the Hopes (2003), e ainda "District", do álbum Yours Trully (2000), entre outras. Para os fãs mais antigos e tradicionais, vale informar que ficaram de fora do set list "Scratch the Surface" e "Just Look Around", consideradas clássicas e que até recentemente faziam parte das músicas indispensáveis.
Saldo positivo e destaque absoluto para Peter Koller que, com sua guitarra em punho, salta, dança, corre a até gira no ar com seu instrumento, praticamente executando um golpe de capoeira ou algo semelhante. Seguindo este ritmo a banda prova que ainda tem muita passarela por diante, e que assim seja.

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