quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Queens of the Stone Age - Barcelona 08 - Razzmatazz.

Shows começarem atrasados é corriqueiro em meio mundo. Começarem na hora é um hábito em alguns lugares, inclusive por aqui, na Espanha. Mas o que poucos podem esperar é iniciar antes do combinado. Fora os contratempos, o QOSA mostrou qualidade, peso, melodia.
Por Maurício Melo
QUEENS OF THE STONE AGE
Sala Razzmatazz, Barcelona16/2/2008
Texto e fotos Maurício Melo
Segungo informações dos organizadores a noite seria incrível, pois, além do Queens of the Stone Age, teríamos como convidado especial (e não simplesmente uma banda de abertura) Biffy Clyro. Ele lançou em 2007 seu quarto álbum, Puzzle, e, segundo meios especializados do Velho Continente, foi considerado um dos melhores discos do ano, adorados no Reino Unido pela NME, Kerang! e também por bandas como Rolling Stones e Bloc Party (abriram para o Bloc na tour do ano passado).
Sim, tudo isso seria possível de conferir se a organização cumprisse o horário impresso no convite. Prova do "crime", ou do atraso, eram os fotógrafos autorizados, que somente têm permissão para estar no espaço reservado nas três primeiras músicas, já tinham feito seu trabalho e já guardavam equipamento, quando o relógio ainda marcava 21h30, hora oficialmente marcada no convite. Enquanto isso, muita gente ainda entrava na sala e ainda havia uma pequena fila do lado de fora.
Confusão à parte, o que se viu no palco foi de fazer qualquer um esquecer o contratempo e admirar o que de melhor o Queens poderia apresentar: música de qualidade, peso, melodia. Regressaram à Espanha mais fortes do que nunca, não tocavam por aqui (salvo em festivais), desde o então aclamado Songs for the Deaf.
Apresentando Era Vulgares, sexto álbum (quinto de estúdio) que, a exemplo dos álbuns anteriores, ao vivo também se torna uma bomba-relógio - vide a boa receptividade em "Sick, Sick, Sick", "Misfit Love" e "3´s & 7´s". A decoração do palco era simples, porém, interessante: lustres de ferro e correntes penduradas com uma tonalidade de envelhecidos, em referência às lâmpadas da capa do disco.
O setlist foi básico, incluiu um pouco de cada álbum, mas bem calcado nos discos Lullabies to Paralize e Songs for The Deaf. Apesar das constantes mudanças de formação e convidados especiais para gravar discos, e até mesmo para sair em tour, este line-up vem se mantendo há alguns anos, com exceção do baixista, que nesta tour, substitui Alain Johannes que vinha com a banda desde a expulsão de Nick Oliveri.
Joey Castillo, o batera, merece destaque, não somente por ser muito bom tecnicamente, mas também por bater sem pena, e mostra porque foi escolhido para ser o substituto do até então "convidado" Dave Grohl. No geral, apesar da confusão do horário, o show foi ótimo e o bis com "Little Sister", "No One Knows" e "A Song For The Dead" em seqüência foi de deixar qualquer um alucinado.

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