sexta-feira, 11 de abril de 2014

The Casualties @ Estraperlo Club del Ritme (Barcelona / Badalona) - 10/04/2014



Quando uma banda como The Casualties visita a península e principalmente Barcelona, não temos como nos equivocar.  No dia do show e mais precisamente nas horas que antecedem o evento temos a certeza que estamos no caminho certo.  Um rápido olhar à nossa volta e vemos jaquetas com parches e tachas de um lado, moicanos de outro e bottons mais adiante ou porque não, a fusão de tudo isso em personagens únicos.  Ao desembarcar nas proximidades do Estrapelo, diante de tantas ruas parecidas do polígono industrial e de armazéns de onde está nosso clube favorito, tampouco podemos nos perder, as mesmas tachas de jaquetas brilham sob a luz de entrada e outros penteados moicanos são vistos à distancia devido suas alturas e cores.  

Na porta, um rápido encontro com amigos já aos primeiros acordes de The Anti-Patiks, um quarteto punk-rock catalão que iniciou ontem mesmo sua turnê européia.  A julgar pelas camisas de dois de seus integrantes, malhas do NOFX,  não é difícil de descobrir de onde vem suas influências.   As letras cantadas em catalão só reafirmam que o punk-rock é um idioma universal.  Fizeram um bom show e abriram passo para a atração principal.

A bandeira que cobria o fundo do palco (capa do último disco) dava a dimensão do que poderíamos esperar ainda que a sensação era de pouco público o mesmo compareceu no último minuto, como de habitual, e deu um brilho à mais na noite.  


A grande vantagem de Jorge Herrera quando passa pela Espanha é que pode gastar seu vocabulário com o público já que os demais integrantes da banda não dominam o idioma e o próprio Herrera reconhece que em outros shows os "caras" não o deixam falar tanto.  Daí nosso vocalista em questão demonstra todo seu carisma e humildade.

Com "Tomorrow Belongs To Us" abriram a noite que ainda teria "Ugly Bastard", "Unknown Soldier", "Resistence", "The System Failed Us Again", covers dos Ramones e ainda referências de Iron Maiden.  Rick Lopez no baixo e Jake na guitarra com seus irados riffs, transpiravam intensidade diante de um público que à aquela altura já não era somente formada por moicanos, lá estavam várias versões que se fundiam numa única missão, celebrar o punk.  Ainda que algum engraçadinho tenha insistido e cuspir diversas vezes em Herrera.  O mesmo pediu a voz no microfone para falar besteira e acabou sendo esculachado pelo carismático vocalista, que no alto de sua tranqüilidade e já citada humildade lhe deixou com cara de bobo.  


Texto, fotos e vídeo:  Mauricio Melo






Anti Patiks

Anti Patiks

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