quarta-feira, 31 de julho de 2013

Nine Inch Nails - 2013-07-26 Niigata, Japan, Fuji Rocks Festival - Compl...

Du Baú - Comeback Kid entrevista (2009)



Engana-se profundamente quem acha que a cena hardcore norte-americana se resume aos EUA.  Um pouco mais acima existe um enorme país, mais conhecido pelo tenebroso frio do que por sua musica, o Canadá.  Neste país podemos encontrar uma diversidade cultural tão grande quanto seu espaço físico e nesta diversidade existe uma nova geração hardcore que vem ganhando força com o passar dos anos.  O Comeback Kid é um destes nomes.  Iniciando suas atividades em 2002 como um projeto paralelo de Andrew Neufeld e Jeremy Hiebert's, ganharam tanta notoriedade que este projeto virou realidade em suas vidas.  Já no ano seguinte lançavam seu primeiro trabalho, Turn it Around e dois anos mais tarde o aclamado Wake the Dead.  A partir daí os canadenses começaram a fazer parte da elite do hardcore em turnês junto a bandas como Bad Religion, Madball, Sick of it all, Terror, entre outros e lançaram o bom Broadcasting.  Na mesma tarde de verão que Billy do Biohazard nos recebeu, tivemos a oportunidade de encontar Andrew Neufeld, atual vocalista do Comeback Kid e antigo líder do Figure Four.  Num bem humorado papo descobrimos um pouco mais sobre a cena daquele pais, o atual lançamento Throught the Noise, projetos futuros e a imensa vontade de tocar (novamente) no Brasil.


1 - Como está a cena atual no Canadá.  Morei neste país por dois anos no início desta década e me parecia que bandas locais não tinham tantas oportunidades, pareciam estar escondidas, existia um movimento mas sem a mesma força do país vizinho.  Como está a cena atual, alguma banda nova que merece atenção?
Claro, desde então existe muita coisa acontecendo.  Mesmo nesta época acho que já acontecia bastante coisa, o Figure Four que foi minha antiga banda estava em atividade.  Tocávamos com frenquência na cidade.  Em geral a cena hardcore canadense vem crescendo bastante, muita gente aparecendo.  Os shows estão sempre lotados, provavelmente uma banda chamada Fucked Up você deve conhecer (N.R: Tocaram no Primavera Sound Festival deste ano) e que atualmente é uma das mais conhecidas bandas no estilo do nosso país, apesar de não ser totalmente hardcore.  Existe uma banda da costa oeste chamada Grave Maker que merece bastante atenção, fazem um hardcore de qualidade.  

2 - Muitas vezes recebemos muito material dos EUA e pouco do Canadá que está logo ao lado...
Acredito que mais por distribuição e gravadoras.  Especialmente no hardcore você tem que trabalhar duro para que as coisas aconteçam, mesmo vivendo nas grandes cidades.  Morei um tempo em Toronto e é igual, tem que trabalhar para isto.  E seja o tipo de música que for você tem que trabalhar forte, não pode ficar esperando que caia do céu.  Existe muita música no momento, muita opção no mercado e se você não trabalhar, não rende.  

3 - Realmente, integrantes de bandas consagradas vem comentando a mesma coisa, o excesso de música no mercado...
Pessoalmente admiro bastante que integrantes de bandas das quais sou fã também tenham uma visão parecida.  Cresci nos anos noventa e muitas das bandas que escutava hoje já podem ser consideradas lendárias e ter a mesma visão com menos tempo de estrada é sempre interessante.  


4 - Os EUA estão ao lado e o movimento aí é bem forte.  Porém há um lado mais original no Canadá.  Muitas vezes vejo muita molecada que mais parece estar de moda do que realmente participando de um movimento.  No Canadá o movimento pode ser considerado mais original?
Definitivamente.  Porém acredito que modismo exista em todos os lugares e especialmente no hardcore.  Já viajei meio mundo em turnê e vejo um garoto no Brasil vestido da mesma maneira que em Los Angeles, hoje em dia com a globalização, internet, etc, etc, fica difícil de ter uma originalidade ou de que cada país ou cidade tenha um perfil distinto.  Mas tenho que concordar que nos EUA existe uma grande parte que vai no modismo mais que em outros lugares.  Mas está tudo em casa, é legal ver uma molecada caprichada no visual também, acho que não incomoda ninguém, não acha? 

5 - Alguma visão política e/ou religiosa na banda ou sua particularmente, sabemos que o Figure Four tinha forte ligação com o cristianismo?
Politica sim, religião atualmente não, com o CBK não.  Crescemos com alguma educação religiosa.  Particularmente tive muita ligação com o cristianismo mas atualmente não sou praticante.  Duas pessoas na banda acreditam em Deus e em Jesus Cristo, outros três não.  Não somos agnosticos mas pensamos de maneira diferente atualmente.  E somos tão diferentes como banda que resolvemos não levar temas religiosos para dentro do CBK.  Politicamente, não somos nenhum ativista mas tento colocar algumas mensagens, tento estar mais conectado.  Claro que hoje, com vinte e oito anos de idade tenho mais visão do que quando garoto, ver a maneira que os politicos manipulam as coisas e manipulaçao por parte da midia tambem.  As vezes tento não me preocupar muito, acabo ficando paranóico, acho que tenho visto muito filme sobre conspirações (risos)

6 - Continuamos entao com temas politicos.  Como vocês vêem esta tentativa de independência por parte do Quebec?  Faz algum sentido quando se vive fora desta província ou este é um tema do qual você prefere não comentar?
Particularmente acho que seria estranho chegar em Quebec me apresentar como uma pessoa estrangeira e ainda ter que trocar dinheiro pela moeda local.  Até porque gosto muito de visitar a provincia e se tivesse que viver lá ainda teria que pedir permissão, pra mim seria um pouco estranho.  De qualquer forma não apoio sentimento nacionalista ou coisas do tipo, seja no meu país ou fora dela.  Não represento uma bandeira, acredito em um único mundo.  Gosto de viajar, de conhecer novas culturas e particularmente não gosto de políticas de imigração.  Dai que não é nada pessoal com o Quebec mas simplesmente não gosto de fronteiras.  Como amigos de algumas pessoas que querem a independência da província eu respeito muito mas por opinião individual e simplesmente porque não tenho valores tradicionais que eles talvez tenham.  Porém se querem seguir com isso tudo bem, como disse antes respeitarei bastante.  

7 - Fale um pouco do DVD Throught the Noise para a molecada do Brasil que ainda não teve acesso ao material?
É um documentário contando a história do Comeback Kid, desde quando começamos, as turnês, processos de gravação e pessoas que passaram pelo grupo.  Como muita gente sabe eu era o guitarrista da banda nos dois primeiros discos, então mostramos também entrevistas com o antigo vocalista e de antigos membros que como ele sairam da banda.  Além do documentario tem um show gravado na Alemanha.

8 - Como é estar em tour com Biohazard, especialmente agora que estão celebrando o vigésimo aniversário e com a formação original?  Sabemos que não é uma turnê inteira com eles, somente alguns shows e hoje é o primeiro.  Alguma lição em especial por isto?
Bem, eles nos conhecem? (risos).  Nem posso imaginar que alguem do Biohazard possa conhecer algo de nossos trabalhos.  Posso te garantir que existe uma mistura de sentimentos por isto; nervosismo, ansiedade, etc.  
Tocamos com o Soulfly no início desta turnê e depois tocamos com o Iggor Cavalera como DJ, só para voce ter uma idéia de quanta mistura existe nesta turnê, e foi muito estranho encontrar os dois de maneira separada apesar do projeto Cavalera Conspiracy.  Uma coisa interessante nisto tudo e que você tem três opções de escutar músicas do Sepultura ao vivo.  O Soulfly toca, o C.C. e claro o proprio Sepultura tocam as mesmas musicas (risos).  Sabemos disto porque também tocamos com o Sepultura nesta turnê.    

9 - Agora, com alguns anos de estrada e mais consolidado.  Principais influências antes e atualmente?
As influencias são varias.  Atualmente vamos absorvendo experiências com outras bandas e não necessariamente influencias.  E as antigas vem de vários estilos como Nirvana, Cult of Luna, The Suiciders, bandas canadenses que não são hardcore como Arcade Fire.  Tivemos bastante influencia fora do hardcore porém a principal influencia do CBK e o Propaghandi e muitas outras que poderia ficar aqui relacionando para você mas não posso atribuir a algumas bandas somente.  

10 - As vezes a banda é comparada ao Bane, como você vê esta comparação?
Não incomoda.  Quando iniciamos prestávamos bastante atenção no som do Bane porque realmente gostávamos do som deles mas nos últimos anos mudamos bastante, tocamos juntos muitas vezes e pode ser que haja alguma similaridade e talvez por isso existam as comparações.  

11 - Melhor e pior momento quando se está em tour?
Melhor momento por estar em turnê e estar em Barcelona tocando com o Biohazard por exemplo.  E o pior momento é quando se está sem um centavo no bolso, chovendo, com lama ao redor e não ter nenhuma opção que não seja dormir na van junto aos intrumentos porque nem dinheiro para um hotelzinho tem (risos).  E ainda ter que procurar um lugar para as necessidades basicas, passei por isto recentemente com minha outra banda.

12 - Fale um pouco sobre sua outra banda.
Se chama Sights and Sounds, lançamos um disco há pouco tempo chamado Monolith e de momento nao temos nenhuma distribuição na Espanha e Brasil.  Tem um som bem diferente do CBK.  E mais trabalhado, com bastante melodia e moderno.  Não é uma banda hardcore e sim de rock.  

13 - Atualmente vocês já vivem da banda ou necessitam trabalhar em empregos normais quando não estão em tour?
Vivo da música atualmente.  Não tenho muitas contas a pagar porque passo oito meses do ano em turnê e não gasto muito em casa.  A conta mais cara é de internet e telefone, é claro.  

14 - Um sonho possível e um quase impossível?
Um sonho possível e poder retornar ao Brasil por exemplo, não e puxação de saco não.  Estive lá em 2000 com minha antiga banda, ano passado com o CBK e é definitivamente um dos meus lugares favoritos.  
Um quase impossível (espero que ninguém roube minha ideia) porque isso envolve tempo livre e algum dinheiro, são duas coisas que não tenho.  É passar um ano ou mais viajando pelo mundo e gravar uma música em cada país misturando minhas influências com a cultura local e poder lançar um disco com este material.  Juntar energias e culturas de diferentes países e poder fazer um trabalho interessante.  Se alguém roubar esta ideia, tentarei fazer melhor (risos).   

15 - Algum significado especial nas tattoos?
Sim, tenho o nome da minha namorada tatuado e terminamos recentemente, que besteira.  Tenho uma perna tatuada em diferentes paises por exemplo.  Tenho uma feita em Piracicaba.  Muita coisa com influencias do anos 90, estilo new school.  Tenho tattoos feita em Austrália e algumas com nomes da banda, outras em conjunto com amigos, como a de um amigo do Cancer Bats por exemplo.  Acabam tornando-se cartoes postais personalizados.

16 - Quando vivi no Canda, as pessoas locais tinham hábito de sentar-se ao sol.  Pareciam traumatizados com o frio e sei muito bem o porque.  Estar em Barcelona em pleno verão pode ser um dos melhores momentos desta tour?
Estou com você meu amigo, realmente somos traumatizados com o frio.  Sentamos no sol porque queremos um pouco de cor na pele, parecemos uns fantasmas.  Porém não posso tomar muito sol, tenho a pele sensível pela falta do mesmo.  Nosso baterista sim gosta de sentar-se ao sol mas gosto de ficar no ar condicionado sempre que posso.

17 - Alguma mensagem para quem curte a banda no Brasil?
Brasil é um dos meus paises favoritos como já mencionei antes e esperamos retornar e tocar em mais cidades e não somente em São Paulo e Coritiba como na última vez.  Gostaríamos de ir ao Rio, Belo Horizonte e Vitória.  Estive em Vitoria com o Figure Four e gostaria de retornar a esta cidade, tem uma cena muito forte por lá.  




sexta-feira, 26 de julho de 2013

Du Baú - Testament Entrevista (2008) - Use google translator.




1 - Eric - Você é um dos membros originais da banda, estando nela inclusive antes da chegada quando a banda ainda se chamava The Legacy de Chuck Billy.  Como é estar tanto tempo neste companheirismo?
é perfeito agora, apesar de eu não estar na banda desde o primeiro disco.  Então minha experiência é muito diferente se comparada ao convívio entre Eric and Chuck por exemplo.  Mas atualmente é muito bom.
2 - Qual é o melhor ambiente para o shows do Testament atualmente, estar em festivais ou tocar em lugares fechados como o Apolo estando mais próximo do público, faz diferença ou não?
Acho que funciona de maneiras diferentes.  Em festivais tem um lado complicado, muitas bandas, o tempo de show é curto ( o que diminui o setlist).  Mas por outro lado é ótimo estar tocando para um público maior.  E quando se toca em clubes pequenos como o de hoje você não atinge tanta gente como em um festival porém a energia todos sabemos é mais forte e num dia quente como o de hoje, com certeza a temperatura vai subir durante o show. 


3 - Com 15 álbuns oficialmente lançados e 21 anos desde o lançamento do The Legacy, sendo também considerada uma das bandas mais influentes do mundo junto a outros grandes nomes como Metallica, Slayer, Anthrax por exemplo, como definir o Testament em suas próprias palavras, melhor do que qualquer palavra da imprensa.?
Eu diria que a definição provavelmente mudou desde nossos primeiros álbums para os dias de hoje, que também foi diferente durante os anos 90.  Hoje é como se fossemos uma nova banda, uma nova energia.  Algumas bandas quando iniciaram suas carreiras tinham um objetivo, um alvo e perseguiram este objetivo até alcançar.  Em nosso caso não, nunca tivemos um objetivo em concreto, deixamos as coisas acontecerem até ver onde poderíamos alcançar.  Agora sim, estamos mais focados dentro de objetivos, para mim pessoalmente está sendo bom.  Tenho outros projetos de música mas o Testament me proporciona algo diferente.
4 - Falamos um pouco do novo álbum.  Em texto dedicado ao myspace, existe um texto feito antes do lançamento de The Formation of Damnation havia toda uma expectativa para o lançamento e a recepção dos fãns.  O álbum atendeu as expectativas da banda?  Pois está sendo considerado aqui na Europa um dos álbuns do ano.
Eu acho que não sabíamos exatamente o que ia sair mas acredito que foi feito da maneira que tinha de ser feito.  É lógico que todo mundo contribuiu e existiam expectativas de fazer um disco incrível.  As vezes você fica tão obsecado para que um disco fique bom e com The Formation of Damnation isso não existiu, simplesmente o fizemos como tinhamos que fazer, sem pressa.  Não queríamos gravar um disco como e lançar como um fast food, simplesmente por faze-lo, queríamos algo de qualidade e com tempo para trabalhar e foi o que aconteceu, acho que o resultado foi satisfatório, basta escutar.
5 - Apesar de pelo Testament terem passado excelentes músicos como Dave Lombardo, Gene Hoglan, James Murphy e Steve Digiorgio, o fato de The Formation of Damnation ser um álbum de alto nível prova que a formação ideal da banda é esta, ou seja, a original?
Bem, comparações à parte.  Podemos dar exemplos de times cheios de estrelas mas que quando estão juntos não funcionam tão bem quanto deveriam.  Acho que uma banda funciona exatamente quanto um time, é uma equipe e você tem que fazê-la funcionar.  Algumas bandas encontram a formação original depois de algum tempo ou depois de discos lançados mas não é nosso caso porque esta foi a primeira formação com excessão do Bostaph.  Eu acho que defitivamente esta formação faz diferença.
6 - Como foi o processo de composição deste novo álbum?
No início, eu tinha outros projetos e não estava participando tanto.  Trouxe algumas idéias, algumas sujestões sobre partes que gostei ou que não.  Acho que cada um teve sua participação, uns mais ativos outros menos.
7 - Como é trabalhar com Paul Bostaph?
É incrível!  Ele trouxe um estilo que o Testament ainda não havia experimentado.  Está sempre com vontade de tocar, bate muito forte como já sabemos e trouxe um groove que nunca tivemos.  Vejo que o público reage diferente com relação ao ritmo imposto por ele, é impressionante.
8 - Na faixa título e Leave me Forever existe uma variação de voz, alguma participação especial nesta faixa ou é um novo perfil de Chuck Billy?
Essa variação de voz do Chuck foi uma tentar fazer o que tínhamos vontade.  Queríamos alguma diferença do que foi feito em 1989.  Existem algumas músicas que realmente fazem o perfil mais tradicional do Testament nos anos 80 e 90, porém é um disco que está sendo lançado em 2008 e não podemos esquecer disto.  Queremos apresentar algo de novo também, que os fãs do Testament escutem e sintam alguma novidade e não escutar algo que já foi feito há 20 anos.  Foi uma experiência e um início de um novo processo, ainda que demore algum tempo.
9 - Alguma música favorita deste álbum, que você particularmente toque e diga:  "Essa é foda!"?
Bem de momento temos incluido no setlist duas ou tres músicas do novo álbum mas gostaria muito de incluir futuramente The Formation of Damnation e The Persecuted Won't Forget.
10 - Alguma banda da nova geração que você gostaria de mencionar ou de até tocar numa mesma noite?
Existem muitas bandas boas nos dias atuais, muita mesmo.  Gostaria de tocar com muitas mas se eu pudesse citar uma seria the Dillinger Escape Plan, acho que eles vem fazendo algo diferente.  Não gostaria (particularmente) de tocar com uma banda que faz o mesmo perfil do Testament, teria de ser algo diferente e eles apresentam algo.
11 - A banda está agendada até novembro com shows na europa, america do norte (incluindo canadá), é possível que esta tour se extenda até a america do sul passando pelo Brasil, consolidando assim uma tour mundial?
Este ano seria impossível, como você mesmo disse estamos agendados até Novembro.  Depois daremos uma pausa e retornaremos em 2009 e é claro que sería ótimo retornar a América do Sul e especialmente Brasil

Por Mauricio Melo

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Resurrection Fest - Horários / Time Table 2013



Más Infos / Mais informações / All infos

MARKCERÖCK ARE YOU READY TO BLONDIE ROCK - 19.07.2013



Markceröck Selektor "Are You Ready to Rock"

No deja un alma viva sin disfrutar en sus sesiones de rock. Residente itinerante en lugares tan distintos de la noche barcelonesa como; Bollocks Bar, Bar Trece, Colmillo Bar, Fuzz Box, Mala Fé Madrid, Manchester Bar, Moog, New Oven, Nevermind, Red Rocket, Rocka Rolla, Sidecar, Switch, Pepino Bar, Psycho Bar , Plástico Bar, etc. 
*Jam Acoustic Rock Session*. Cada Jueves @ 21:30 .
Esta noche y como todos los jueves, tenemos jam session acústica. Poco a poco se van animando mas músicos, qué esperas tu? A partir de las 21 30, te esperamos para compartir un buen rato de música. No hay excuzas, no hay clima o madrugón al otro día que te sirva como justificativo a no participar de este espacio.
Asi que a las 23 30 nos vemos en el Blondie

Friday Blondie Bar C/Roca # 14 Barrio Gótico
Irresistibles cocktails, buena música y buen ambiente

Tonite!!! ♫♪♫ MARKCERÖCK ARE YOU READY TO BLONDIE ROCK ♫♪♫ 19.07.2013

Selektor Markceröck "Are You Ready to Rock"

Do not leave without enjoying a living soul at its rock. Resident traveling in places as diverse as the Barcelona night; Bollocks Bar, Bar Trece, Colmillo Bar, Fuzz Box, Mala Fé Madrid, Manchester Bar, Moog, New Oven, Nevermind, Red Rocket, Rocka Rolla, Sidecar, Switch, Pepino Bar, Psycho Bar , Plástico Bar, etc.

Every Thursday Red Rocket Bar C / Gothic Codols # 21
Irresistible cocktails, good music and good atmosphere




MÁS INFO: https://www.facebook.com/events/530795170321626/?notif_t=plan_user_invited

quarta-feira, 17 de julho de 2013

From Hell Produções - ROCKOLLECTION NESTA QUARTA - 17/07



ROCKOLLECTION NESTA QUARTA - 17/07 

VALENDO VIPS para os 100 primeiros !
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RIO ROCK BLUES - LAPA A PARTIR DAS 20HS



Especiais:
The Cure / Led Zeppelin & Pearl Jam 



Moleza !!

1) Clique em participar na pagina do evento 
e ponha seu nome completo no link da promoção 
e aqui embaixo desse post! 


2) Clique em curtir na página da From hell 
e já ta valendo simples assim !

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Resurrection Fest - Cartaz definitivo!




O festival Resurrection Fest anunciou ainda há pouco suas últimas incorporações para o ano de 2013.  Devido aos já conhecidos problemas de saúde do guitarrista da banda D.R.I., toda a turnê européia da banda foi cancelada.  Para suprir a ausência, outra banda de respeito e história já aparece no cartaz, The Exploited.  Se os escoceses apresentarem o mesmo set do Hellfest em 2011, é pedrada à vista.  Outra banda internacional que figurará será o Your Demise que fará sua turnê de despedida já que para o ano que vem a banda encerra atividades e sabemos que para Portugal e Espanha, esta será a despedida, pois as datas são exclusivas.
O texto original de mais detalhes segue abaixo.  
Para mais informações www.resurrection-fest.com

Nos complace anunciar las dos últimas incorporaciones al cartel del RESURRECTION FEST 2013! Como muchos sabréis, D.R.I. ha tenido que cancelar ayer mismo su gira europea por enfermedad de uno de sus miembros y le deseamos una pronta recuperación. Hemos actuado rápido y podemos informar que los míticos escoceses The Exploited serán sus sustitutos en nuestra programación del viernes. ¡El punk no está muerto! Además, nos enorgullece anunciar que la última banda internacional que estará con nosotros este año será YOUR DEMISE dentro de su gira de despedida, ya que en 2014 dejarán la música y nos gustaría que pudieseis despediros de ellos en Viveiro en su último y definitivo concierto en España. Ambos actuarán en fechas exclusivas en España y Portugal para 2013 y pronto publicaremos los horarios. ¡Compartid la noticia, por favor! :)

We are pleased to announce the two remaining bands added to #‎ResurrectionFest 2013 lineup! As you may know, D.R.I. was forced to cancel yesterday their whole European tour due to illness of one of their members. We hope he'll recover soon! We've reacted quickly and we can inform you that the legendary Scottish band The Exploited will be their substitutes in our Friday schedule. Punk's not dead! Furthermore, we are proud to announce the last international band who will be with us this year is Your Demise, performing within their farewell show, since they will quit music in 2014 and we would like you to say goodbye to them in Viveiro in their last show EVER in Spain. Both will be performing exclusive shows in Spain and Portugal in 2013 and we'll publish very soon the running order. Share this, please! :)


D.R.I. statement:
Due to unforeseen circumstances, it is with regret to announce the cancelation of 2013 Euro Tour... Stay tuned for the latest updates on tour dates and Spike's health. Thanks for all your support \m/

Apps Resurrection Fest 2013




Finalmente e, já disponível, aplicações do Festival Resurrection para smart phones!  Em breve também será anunciado os horários das apresentações e detalhes.  Para consegui-las, basta escanear os códigos QR abaixo da imagem.  

¡Y finalmente aquí tenéis las aplicaciones para móvil del RESURRECTION FEST 2013! Pronto también añadiremos los horarios cuando anunciemos todas las novedades que faltan y que tanto esperáis. Podéis bajarlas aquí debajo o escaneando la imagen. 

And finally here you have the mobile apps of #‎ResurrectionFest 2013! Soon we'll also add the running order when we'll announce all the remaining news you're waiting for so much. You can download the apps on these links below or scanning the picture. 




quarta-feira, 10 de julho de 2013

Concert Gallery atualizada.




A Wilhelm Scream entrevista - Nuno Pereira e sua salada de idiomas em texto e vídeo.




Começamos o mês de Maio com o pé posto no acelerador.  Além de bons shows que tivemos a oportunidade de cobrir ainda tivemos algumas entrevistas, encontros com velhos amigos que passam mais da metade de suas vidas viajando e tocando em palcos em diferentes pontos do planeta, etc.  Por falar em acelerador, se tem uma banda na cena punk-rock / hardcore melódico atual que preza por velocidade, esta é A Wilhelm Scream.  Além de uma técnica apurada, também esbaldam simpatia, amizade, paciência...
No dia em que visitaram Barcelona, uma vez mais acompanhados pela lenda de Hermosa Beach chamada Pennywise, nos reservamos um tempinho para um rápido bate-papo com o vocalista deste quinteto de Boston.  O filho de portugueses Nuno Pereira, nos acompanhou até a esquina próxima a sala Razzmatazz e com sua mistura de português da terrinha no velho continente e seu idioma nativo, o inglês, nos contou detalhes do disco novo, a experiência de estar sempre rodeado de lendários grupos e das boas lembranças que tem do Brasil, influencias, a volta de Jim Lindberg ao Pennywise e reuniões de lendárias bandas.  
Com vocês, Nuno Pereira de A Wilhelm Scream.  


Não podíamos começar diferente né?  Disco novo?
Nuno - O disco novo já esta quase feito, estamos trabalhando na capa e hoje (dia da entrevista), estão masterizando.  Está quase pronto e acho que será muito bom.  

Porque desde 2009 que a banda não lança nada…
Nuno - Sim, quase cinco anos ou seis se considerarmos um álbum completo.

Sim, mas teve o EP Australias?
Nuno - Sim, o EP foi divertido também.  É que passamos tempo com turnês, seis, sete e até oito meses por ano e acaba sendo difícil de escrever, ensaiar.  Tínhamos três meses para faze-lo.  Era escrever as letras, compor e tocar no mesmo dia, foi difícil porém fácil quando conseguíamos estar juntos. 

 Seguirá o formato dos outros, mesmo estilo ou a banda apresentará algo diferente?
 Nuno - acho que grupos de Punk Rock ou Hardcore não podem ficar parados, sempre no mesmo estilo, no mesmo som e também gostamos de experimentar um pouco de tudo.  Então, é um disco do A Wilhelm Scream, será punk rock, barulho, rápido e tudo o que já somos.  Também temos a Mike Supina escrevendo as músicas, ele é muito técnico, Mike é muito técnico.  Vamos ver, será um disco do A Wilhelm Scream.  Possivelmente não gostará na primeira audição mas vai melhorando com o tempo.   


E o produtor?
Nuno - Sim, são Trevor and Mike que estão produzindo.  É divertido trabalhar com estes caras porque nos amamos como irmãos e é muito cômodo


Já que estamos falando no som da banda.  Vejo você vestido com um casado do Hot Water Music e podemos dizer que é uma de suas influências?  Quem mais além de Hot Water Music influenciou o Nuno?  Já que dentro da banda as influências são diversas.
NUNO - Hot Water Music, Propagandhi, Bad Religion ou bandas antigas de skate punk são grandes influencias.  Mas também gosto de coisas como Manu Chao, grupos de Reggae e músicas que em geral me deixam feliz, praticamente posso resumir minhas influências de bandas que transmitem algo positivo, bandas com muita energia.  Hot Water Music por exemplo, quando você os vê tocando percebe que eles realmente se divertem e ao final espera um dia ser como estes caras e em estar em uma banda como esta.  Então sou um sortudo porque estou numa banda assim e todos temos diferentes influencias.  


E como você vê reuniões de bandas como por exemplo o Black Flag com duas formações diferentes, uma que é o Flag e outra Black Flag?
NUNO -  Há poucos dias tocamos com o Flag.  Não quero me meter nisso mas muita gente diz que o Flag é melhor mas não quero opinar, falar besteira.     
   

Falando um pouco de turnês.  É a segunda vez que os vejo e também faço uma entrevista.  Em ambas, acompanhados com o Pennywise, qual a sensação de estar com Fletcher, Jim Lindberg…*
NUNO - É incrível né?  É muito bom ter Jim de volta, é incrível.  Estes caras são muito legais, tudo funciona e tentamos ter uma atmosfera familiar quando estamos em turnê.  Assim podemos estar juntos, ser amigável e com uma banda como o Pennywise é muito fácil porque são tão amigáveis e estão sempre em turnês.  Então quando estamos em turnê e eles também, eventualmente temos que nos encontrar, é como um mandatário.  Adoramos tocar com o Pennywise, é fenomenal, tocando em Barcelona seja com o Pennywise ou somente nosso grupo sendo o principal é excelente porque Barcelona é uma das cidades mais maneiras da Europa, por musica, vida, atmosfera, condições climáticas, garotas, árvores…
Falando em mulheres.  Da última vez que passaram por Barcelona, estive com Robinson vocês estavam com uma turnê marcada para o Brasil, era a primeira vez da banda por lá.  Como foi tudo por lá, à parte das mulheres?
Nuno - Espetacular pá!   Eu tenho mulher, então…tudo tinha alegria, cheio de vida.  Acho que muita gente no Rio, São Paulo ou Curitiba tem um lado "joie de vivre" como se diz em francês.  Comidas, bebidas, tudo foi muito bom.  Voltamos para tocar no Wros Fest e foi espetacular

Alguma banda de Portugal que te chama atenção?
Nuno - Devil in Me, que é muito boa banda além de boas pessoas.  Nos conhecemos através do Comeback Kid.

Comeback Kid que tocou aqui dois dias atrás com Scott Wade no vocal…
Nuno - E como foi?

Diferente mas igualmente bom.
Nuno - Então, Devil in Me que foi muito bom quando estivemos em turnê no Canadá e conseguimos um computador para assistir ao jogo do Benfica

O Benfica ontem classificou para a final da Copa da Uefa contra o Chelsea.
Nuno - Sim, sou Benfica

Mudando um pouco de assunto:  Recentemente Boston foi alvo de ataques terroristas.  Como a banda encara situações como esta, já que vocês são praticamente de lá?
Nuno - Em cidades assim como Boston, que não é tão grande, é antiga, com ruas estreitas com aqui na Europa.  Se você mora próximo a Boston, tem família lá, amigos, tudo é muito próximo, então da a  sensação de que poderia ser eu ou você ou sua namorada.  As pessoas vão curtir férias, fim de semana e era um feriado e um bom negócio para a cidade.  É vergonhoso que um par de loucos, dois garotos, tenham fodido tudo
Recentemente vi uma série de reportagens falando em conspirações, que ao final não eram estes rapazes e sim haviam outros interesses, etc, etc…Como aconteceu no 11 de Setembro.  
Nuno - Não acredito nestas teorias.  Foram estes caras que estão de saco cheio do mundo, de saco cheio dos Estados Unidos.  São pessoas que, viveram nos Estados Unidos por 10 anos e não tinham nenhum amigo, deveriam ser uns escrotos para não conseguir ter amigos.  Simplesmente não entendo, é triste, uma tragédia e por outro lado é bom ver todos unidos na causa.  Quando algo acontece numa cidade, como disse, pequena, faz com que as pessoas se unam.  Foi um bom sentimento depois que pegaram os culpados, pessoas fazendo doações para as pessoas que foram atingidas, que perderam uma familiar, ou perderam membros do corpo.  Estas pessoas agora tem uma imensa conta no hospital.  Ao final foi algo que, apesar de triste, serviu para unir as pessoas e ao mesmo tempo temos o Boston Bruins e Boston Celtics avançando para as eliminatórias e foi uma união só.

Algum contato com o Dropkick Murphys?
Nuno - Sim, sou amigo de alguns integrantes.  Crescemos tocando em alguns shows, conhecemos algumas outras bandas, sou mais amigos de uns do que de outros, são todos legais.  

Falávamos dos Canadenses Comeback Kid mas recentemente vocês também tocaram com o Belvedere, não?
Nuno - Sim, tocamos.  São antigos amigos que temos.  Foi no ano passado que aconteceu, não foi?.  No Canadá a banda é grande, lendas.  É divertido porque pessoas de todas as idades vão ao show.  Normalmente quando vai a estes shows são todos muito jovens mas quando o show é de reunião, todos os hardcores aparecem…
Sim, por exemplo.  Você vem ao Pennywise e a maioria são jovens mas também encontra caras como eu, com 40.  Ou até mesmo Jim Lindberg com quase 50, talvez.  
NUNO - Isso é o que tem o punk rock e sua energia.  Você pode continuar para sempre.  Enquanto houver pessoas indo aos shows não há razão para não tocar.  Então é interessante ver os veteranos juntos aos jovens.  

Como deveria ser em todos os lugares…
Nuno - Exatamente!

Últimas palavras para a galera do Brasil em especial?
Nuno - Esperamos voltar em breve, já com o disco novo e fazer shows muito loucos.  Espero ver todos em nossos shows e vamos zoar!!!
  







  

Mudhoney - Full Performance (Live on KEXP)

Rocket From The Crypt - Born In 69 (Live): Converse Represent SF

Viajes Organizados al Resurrection Fest 2013 - Barcelona y Madrid



terça-feira, 9 de julho de 2013

Resurrection Fest 2013 (Official Video)

Barcelona Hardcore - Hounds of Hate / Violent Reaction / Dirty Sanchez / Whipback



HOUNDS OF HATE
Con miembros de Creem, Natural Law y Pissed Jeans, Hounds of Hate practica un hardcore straight edge en la linea de esas bandas de finales de los 80 de NYHC, particularmente Sick of it all y Warzone con un sonido que podria haber formado parte de la recopilacion Free For All.

http://houndsofhate.bandcamp.com/


VIOLENT REACTION
Violent Reaction es una banda de hardcore straight edge de Inglaterra que se nutre del hardcore de los 80 de Estados Unidos y el Reino Unido. Miembros de The Flex, Sectarian Violence, Stab and Abolition.

http://violentreaction.bandcamp.com/


DIRTY SANCHEZ
Punk Rock desde Barcelona. Defendiendo su último trabajo "Dirty Worlf".

http://dirtysanchezbcn.bandcamp.com/


WHIPBACK
Barcelona Straight Edge. Te gusta Mental, Justice, etc... rollito LOCKIN' OUT.

http://whipback.bandcamp.com/


19.00 HRS.
5 eur

Casal Joves Roquetes.



Esporro - Leonardo Panço relança livro em Natal



No próximo dia 18 de julho, teremos o lançamento do livro "As Maiores Mentiras do Verão" de Carlos Fialho. Também vamos comemorar o aniversário do autor e, alguns dias após a data, o Dia Mundial do Rock. Por isso, o evento contará também com o relançamento do livro "Esporro" de Leonardo Panço e a produção do Dosol. Apoio: SESI e Solar Bela Vista.





BANDA MIX 80 toca FINIS AFRICAE & ETHIÓPIA - 03/08 ( UM DRINK NO INFERNO / HEAVY DUTY )




A Festa Um Drink no Inferno sempre inovando traz
uma grande surpresa para os amantes dos anos 80 !

A banda Mix 80 !!
A banda surgiu na reunião de músicos consagrados 
nos anos 80 e andou fazendo diversos shows pelo Brasil 
lonas, teatros eventos de Prefeituras e agropecuários .. 

Tendo seu fim por falta de tempo de alguns membros 
com seus trabalhos autorais e suas bandas atuais ainda 
na ativa , como Marcelo hayena ( UNS E OUTROS )
Guilherme Isnard ( ZERO )Toni Platão ( HOJERIZAH )
entre Outros ....

No dia 03/08 a banda fará uma apresentação Única
e Especial na festa com convidados Ilustres :

Eduardo de Moraes cantando clássicos do Rock Nacional 
como Legião, Capital entre outros e de sua banda 

FINIS AFRICAE : no repertório, Máquinas , Armadilha ,
Van Gogh, Ética , Deus ateu & Ask the Dust !

30 anos longe dos palcos a dupla Pascoal Ferrari e 
Pollo Rios irão reviver Clássicos da banda :

ETHIÓPIA : entre elas todo seu E.p de 85 , 
Feito Navalha minha vida em suas mãos , e os Hits das festas undergrounds Vazio e Ethiópia + Músicas que nunca sairam em nenhuma compilação mas que eram tocadas nos shows ao vivo como Guerra e Seja bem vindo !

Em anexo ao Drink teremos nossa festa Irmã pela 3ª vez
GOTH BOX ! 

Então é isso dia 03/08 vc já tem compromisso marcado,
compartilhe essa noticia para seus amigos e compareça ,
quem sabe vc não estará colaborando para volta em definitivo das bandas??








segunda-feira, 8 de julho de 2013

Cuilla Barcelona 2013






CRUILLA BARCELONA 2013
Datas: 5 e 6 de Julho, 2013.
Bandas: Cat Power, Morcheeba, Suede, Snoop Dogg, entre outras.  

Texto e fotos: Mauricio Melo.  



Não é de hoje que o festival Cruilla Barcelona vem ganhando terreno dentre os grandes eventos da cidade Condal e, a cada ano que passa o favoritismo vem se confirmando.   Pelo segundo ano consecutivo estivemos presente neste honesto evento.  A palavra honesto encaixa com perfeição à proposta dos organizadores.  Um festival criado por pessoas locais para pessoas locais.  Nada de grandes poses fashion ou invasão britânica, entre outros turistas, mais preocupados com a estética e a foto da rede social do que com os artistas encima do palco.  Claro que existe uma boa fatia desta porcentagem com sabor e suor de "rockear" e levantar poeira no chão do Parc del Fòrum de Barcelona e o público do Cruilla é, sem dúvida, mais relaxado, mais verão.  Um público que vai ao evento de chinelos de dedo porque o mais importante é não passar calor.  Ah! o calor…Se no Primavera Sound passamos frio num inverno fora de época no Cruilla recebemos uma massa de ar quente que veio do Saara literalmente falando.


Outro fato que chama atenção no evento é, ao menos parece, a tendência de cada ano.  Se ano passado tivemos Iggy and the Stooges, The Specials, Gogol Bordello, Los Tiki Phantoms e Cypress Hill misturados a um nome e outro do soul como o The Pepper Pots, Sharon Jones e Nneka, além de muita banda local, este ano tivemos um festival mais light, muito mais folk e indie e tendo como referência rock, ao menos no que condiz de bandas internacionais, Suede.   Além nomes que já passaram por outros grandes festivais como o já citado Primavera Sound em anos anteriores e artistas recém aterrizados do Glastonbury 2013.  A diferença consiste em que o público deste não faz cara de intelectual interlocutores de música de culto e simplesmente se deixa levar pelas emoções.  Digo isto por quê?  Porque dentre as grandes atrações do festival estava Cat Power que outrora era considerada a nova musa do indie, folk, alternativo e sadcore entre  uma infinidade de definições.  Por muitos anos torci o nariz para a moça mas uma vez conquistado seu espaço dentro de minha cachola, será bem vinda sempre que quiser soltar sua voz.  O único inconveniente foi o horário, um quarto de hora antes das oito da noite, numa época do ano em que o sol ainda é apreciado no canto do palco e o público ainda não era tão forte, talvez tenha sido este o motivo, tentar fazer com que o público chegasse antes do previsto.  Nossa musa em questão pouco lembra a garota propaganda de uma coleção da marca Levi's há poucos anos atrás, em que aparecia com cabelos longos, franjinha e bem mais magra.  Atualmente, Power se apresenta de cabelos curtos, espetados e tingidos de loiro e sua inconfundível voz.  Outro fato que chamou atenção foi um constante "tique" nervoso que levava a cantora morder seguidamente o canto da boca, sem querer julgar, apenas comentar.  Por outro lado assistimos a um show impecável em que Cat emocionou com sua interpretação e possivelmente só conseguiu tal atuação por ela mesmo elevar seu sentimento interno.  Com claras referências ao Egito, que passa por complicações políticas no momento, e uma escrita no braço "Peaceful Muscle Music Egypt Today" , um colar com medalha de esfinge e "The Greatest" para iniciar o set, com o já comentado por do sol na lateral norte do palco, tocando o topo das montanhas catalanas…particularmente, o que pedir da vida? dinheiro?  Desculpa mas não há moeda capaz de comprar este momento.  Era o início de uma das, senão a melhor, apresentação do festival.  Consciência  de sobra para avaliar que os artistas em questão não estão dentro do perfil dos quais exibimos em nossa página mas não sejamos duros, relaxar é preciso.  Mesmo assim, quem achou que a musa se limitaria ao seu tranquilo som folk se enganou, "Cherokee" chegou quase dançante e "Silent Machine" já a deixou com guitarra em punho.  Daí por diante foi um pequeno desfile de bons temas e um show de interpretação.  

Se este era o princípio da jornada, mal poderíamos esperar para o encerramento com Suede.  E, entre o princípio e fim não passamos batido pelo meio ainda que Rufus Wainwright e James Morrison tenham um bom público e grande respeito, não sentiríamos a ausência de ambos em nosso "passeio" de fim de tarde se não fosse por dois motivos e ambos relacionado ao Rufus.  Primeiro que o músico tenha que pedir silêncio e um pouco de respeito durante sua apresentação, tamanho era o clima de bar ao ar livre que tomou conta do local, ainda que uma boa parte se aglomerasse diante do palco para prestigiar Wainwright.  Segundo foi a interpretação do mesmo em "Hallelujah" de Leonard Cohen em que o artista recebeu, com méritos, seus aplausos.  


Para encerrar a primeira jornada em alta, conferimos a excelente apresentação do Suede.  Poucos dias antes do festival, num entardecer junto à um amigo britânico, comentei sobre a visita da banda ao festival e o mesmo, além de surpreso ainda deixou escapar que estavam velhos demais para um show à altura do que já foram um dia.  Pois ele deveria estar lá para descobrir que shows de alto nível não dependem de certidões de nascimento e que, muito bem calcado dentro do que foi construido nos anos 90, o quinteto londrino deixou claro que ainda energia de sobra para desfilar umas duas dezenas de canções com imenso destaque para Brett Anderson aos vocais e Richard Oakes nas seis cordas ao lado esquerdo do palco.  Anderson saltou, se ajoelhou, desmunhecou e suou bicas para oferecer o melhor que podia diante de seu fiel público.  Já podemos classificar músicas como "Animal Nitrate", "We are the Pigs", "So Young" e claro "Beautiful Ones" como verdadeiros clássicos de uma geração, ainda que a banda tenha aberto a apresentação com músicas novas, uma boa tática para conquistar o espaço para futuros clássicos, aproveitando a empolgação inicial.  O público, completamente contagiado pelos acordes e voz de nossos personagens, se entregou de corpo e alma.  Não foi de se estranhar que boa parte desta galera tenha partido para suas residências após  a apresentação ou até mesmo, tenha ocupado as mesas da praça de alimentação para curtir uma cerveja entre amigos.   Ao acabar o encontro não tínhamos dúvidas, para o bem do rock and roll, Suede já tinha conquistado o posto de melhor show do evento e era a banda a ser batida, e não foi.  


Convictos da vitória antecipada do já comentado Suede, tínhamos que cumprir roteiro.  Uma passagem rápida para conferir o que Maia Vidal tinha a oferecer na confortável e fresca lona do Jornal El Periódico com um sistema de ventilação perfeito para o calor "Saharento" e não demoramos a conquistar posição para conferir de perto a visita do Morcheeba.  Um verdadeiro privilégio de poder assisti-los com a vocalista Skye Edwards após sua inexplicável saída por  diferenças com os irmãos Godfrey há alguns  anos.  Ainda que os brothers tenham a substituído por outras boas vozes, a grande verdade é que Skye foi feita para cantar no Morcheeba e vice-versa.  Inexplicável sensação de poder desfrutar dos acordes de "The Sea" e "Friction" do excelente disco Big Calm, que se tornou objeto obrigatório em minha mesa de cabeceira por muito tempo há pouco mais de uma década, e me ajudou muito a dormir de maneira mais confortável, foi definitivamente, como voltar no tempo.   Com "Trigger Hippie" Ross Godfrey deixou claro quem manda nos riffs de guitarra na redondeza, o cidadão conseguir extrair umas camadas sonoras de arrepiar, fez bico, entortou a sobrancelha e sorriu no final sabendo que olhares atentos e pontos de interrogações voavam pelos ares e muitos guitarristas de plantão, por dentro de suas consciências não paravam de ofender a mãe do rapaz.  Também pudera, Skye estava feliz com seu customizado vestido, enquanto o resto da banda brindavam seus copos com uma boa garrafa de tequila e passava de mão em mão para não deixar copos vazios, o astral geral estava nas alturas.  



Faltava a chave de ouro e esta foi incumbida ao sr. Snoop Dogg…ou seria Snoop Lion?  Talvez tenha sido Snoop Dogg Lion porque o quarentão chegou ao palco soltando fumaça, vestido com a camisa do Barça personalizada com seu nome, claramente optando por Dogg, óculos escuros para "dichavar" a situação, um microfone repleto de diamantes (não sabemos se verdadeiros) onde se apreciava uma figura de um leão um cordão de ouro com um skate, dourado é claro, tudo isso após o DJ aquecer o público com "California Love" e "Still D.R.E. de 2Pac e Dr. D.R.E. respectivamente e estes não seriam os únicos covers da noite.  Começava a confusão mental que somente o magrão pode realizar.  Com "Here Comes the King" e umas dançarinas no palco, Dogg ou melhor, Lion deu inicio à sua festinha particular com mulheres, música, público dançante e muita maconha.  Para ser sincero, prefiro guardar na memória os bons momentos que Snoop Doggy Dogg era escrito desta maneira e foi assim que encarei "Tha Shiznit", "Gin and Juice" e "Who Am I (What's my name?)", além de alguns covers de D.R.E. do disco The Chronic, responsável direto pela projeção do rapper rumo ao reconhecimento.   Claro que a fase mais dançante figurou entre os temas, afinal todo o luxo exibido necessita de vendas e o caminho foi este.  A parte destas, voaram covers de Akon, 50 Cent e até mesmo House of Pain com "Jump Around.  Acredito ainda que Snoop possa, um dia, ter um show dedicado somente à seus albuns mas no momento, apesar do tom de festa, tenha sido abaixo do esperado para os verdadeiros fãs do Rhythm and Poetry presentes no local.  Para sair de fininho, o DJ lançou "Jamming" de Bob Marley, todos dançaram com braços ao céu e o malandro virou fumaça.  Não podemos deixar de lado o engraçado da festa, completamente chapado, chamou a galera de motherfuckers e reclamou de não ser convidado mais vezes para vir a Barcelona, já que segundo suas palavras, ele adora a cidade.  Também pudera, tem tudo o que o puto gosta.     

Ficamos por aquí…cambio, desligo.