sexta-feira, 3 de outubro de 2008

BAM - Barcelona Ação Musical 2008. / BAM - Barcelona Action Music

BAM
PRIMAL SCREAM

THE LONG WINTERS

DAVID BAZAN

O Barcelona Ação Musical trouxe à cidade catalã shows de Primal Scream, Teenage Fanclub e de bandas ainda desconhecidas
por Mauricio Melo - Barcelona, Espanha[30/09/2008]

O BAM, Barcelona Ação Musical, é mais do que um simples festival de música. Já se tornou um autêntico guia para descobrir novas propostas e ainda ter a oportunidade de conferir bandas que fazem parte da história musical. Pop, punk, indie, folk, eletrônico, DJs, jazz, hip-hop, rumba e outras fusões criativas convivem pacificamente em shows gratuitos espalhados pela cidade, que este ainda ano contou com a participação das chamadas salas de shows, casas de shows de pequeno e médio porte como Bikini, L'Apolo. O festival acontece, propositalmente, durante as festividades da Mercè, padroeira da cidade, que este ano, aconteceu entre os dias 19 e 28 de setembro.
Dessa vez houve destaque absoluto para as novas tendências espanholas, usando como tempero alguns nomes da cena internacional. Foi o caso de Krakovia, Russian Red e Primal Scream. Foram mais de 70 apresentações em 13 palcos, com músicos de Estados Unidos, Inglaterra, Cuba, França, Suécia, Finlandia, Canadá, Líbano e Nigéria. Os palcos principais foram o da Antiga Fábrica da Estrella Damm, o do excelente Espacio Movistar e Plaza Real, além de uma noite especial na Plaza del Rey. As propostas emergentes foram acolhidas na Plaza Dels Angels.
A festa começou na quinta-feira com dois shows para aquecer os ânimos. YAS com seu pop-eletrônico cantado em árabe no palco em frente ao Instituto Francês de Barcelona. Em recinto fechado e com vagas limitadas no CCCB [Centro de Cultura Conteporânea de Barcelona], se apresentou o BCNmp7. Porém foi sexta, dia 19, que a festa tomou forma definitiva.
Sexta-feira, 19. A revelação do rock canadense
Na Praza Real se apresentaram Raydibaum, banda local de pop/rock/alternativo, apresentando seu terceiro disco, Manual de Genere Catastròfic [2008], o primeiro da banda cantado em catalão. Em seguida foi a vez do pop/hip hop de Facto Delafé y Las Flores Azules com direito a balões coloridos espalhados pelo palco, bolhas de sabão e até confetes lançados ao público que prestigiou em peso a mais uma banda de BCN.
O terceiro show da noite foi o primeiro [e único] internacional a pisar na Praza Real, Sam Roberts. Praticamente desconhecido na Europa, este canadense chegou disposto a conquistar seu espaço apresentando seu terceiro disco, Love at the End of the World [2008] que foi número um de vendas em seu país após lançamento. Trata-se de uma mistura de rock e folk bem ao estilo norte-americano com temperos de power pop.
Confesso que foi surpresa vê-lo por aqui, pois acompanho este músico desde minha passagem por seu país de origem e jamais havia escutado alguém mencionar seu nome na Espanha, mas para a proposta do BAM a escolha não poderia ser melhor. O público não se rendeu à chuva que insistia em cair, muito menos Sam e sua banda pareciam se importar com meras gotinhas que vinham do céu. O ponto alto do show foi Brothers Down do primeiro EP Inhuman Condition [2002].
Para fechar esta noite o escolhido foi o quinteto Siniestro Total, punk-rock galego [de Vigo] que fez a festa dos muitos punks presentes. Com quase 30 anos de estrada, eles não decepcionaram e provaram estar em forma tocando inclusive sua versão de Sweet Home Alabama para Miña Terra Galega.
Os fãs de hip-hop tiveram uma boa pedida no palco MTV-Fòrum, com as atrações Chacho Brodas, Shotta, Ari e Calle 13 provenientes de Barcelona, Sevilha, República Dominicana e Porto Rico respectivamente.
O Fórum contava ainda com um palco dedicado somente à música eletrônica. Nas redondezas ainda passaram pelos palcos de Fabra i Coats o The Pepper Pots com seu Ska/Reggae e Soul que tem à frente 3 vocalistas e uma excelente banda de apoio. Apesar de serem catalãs, as letras são em inglês. Também passou por este palco La kinky Beat, mais um grupo que mistura tudo, Jungle, Reggae, Rock e por aqui virou sensação underground.
Sábado, 20. Uma dúvida: pra que palco a gente vai? Ah sim, o Primal Scream
Realmente o sábado foi um dia recheado de atrações e com certeza essas tantas boas pedidas foram propositalmente espalhadas para dividir o público. No palco Plaza de L'Odissea se apresentaram Nudozurdo com seu rock/indie proveniente de Madrid cantado em castelhano. Em seguida Camping, excelente banda de rock alternativo de Barcelona [com letras em inglês], apresentando seu trabalho mais recente Politics of Love [2008] e em conjunto vendendo Politics of Hate [2008], um EP que só pode ser adquirido em shows. Ainda houve tempo para (lo:muêso) com seu noise/rock e prestes a lançar seu terceiro disco. São as bandas espanholas crescendo na cena internacional.
Logo ao lado, na Plaza Real se apresentaram Le Petit Ramón Experimenta 3, Love of Lesbian, Los Niños Mutantes e The Automatic. Com exceção do último, todos espanhóis. O The Automatic, do País de Gales, debutavam em Barcelona com seu indie rock apresentando seu recente trabalho This is a Fix [2008]. Porém grande parte do público se concentrou mesmo no palco montado em frente à antiga fábrica da Estrella Damm, onde na verdade ficou o palco principal do festival, que recebeu nesta noite a banda de pop alternativo local Mishima para aquecer os ânimos. Em seguida Antònia Font com seu pop psicodélico, que muitas vezes lembra uma trilha sonora de filme, abriu para a grande atração do festival, o Primal Scream.
Os britânicos já haviam passado por Barcelona fazendo um pré-lançamento de Beautiful Future [2008] no festival Summercase, há dois meses, e deram mais uma vez as cartas para levar o público ao delírio, não somente com músicas antigas como Imperial do álbum Sonic Flower Groove [1987], Movin' On Up do aclamado Screamadelica [1991], Accelerator de xtrmntr [2000], Contry Girl do recente álbum Riot City Blues [2006], tocada a pedidos, mas também deixaram bem claro que a turnê é do disco novo e ejá na abertura lá estavam a faixa título e a empolgante Can`t Go Back, além da dançante Zombie Man e outras um pouco mais lentas como Glory of Love, Beautiful Summer e Urban Guerrilla, provando que apesar dos anos de estrada, esta galera não deixa pedra sobre pedra.
No outro lado da cidade, no palco MTV-Fòrum começava a sessão corujão. Muita gente foi embora após o Primal, mas muitos seguiram para conferir Supersubmarina, pop/indie espanhol, Vetusta Morla com seu rock alternativo madrilenho, o punk rock/glam do Krakovia, também de Madrid. Quem já teve outras oportunidades de conferir ao vivo, sabe que é sempre muito interessante vê-los. Teve espaço ainda para os locais La Casa Azul com seu pop/club retrô.
Domingo, 21. O velho Teenage Fanclub
No Domingo, o que se destacava entre muitas atrações eram os britânicos do The Whip e sua mistura do pop made in Manchester com música eletrônica, numa noite indie/rock que prometia muito no Espacio Movistar. Quem foi a Sala Apolo ver o The Whip presenciou algo mais moderno e dançou bastante, enquanto quem foi ao Movistar conferiu uma noite mais nostálgica.
Apesar de The Last 3 Lines terem feito um excelente show e confirmado o posto de uma das bandas promissoras de Barcelona, os belgas do Sharko não "levantaram" tanto assim o público presente. Ao contrário das suecas Sahara Hotnights, que com seu rock ou powerpop básico, agradaram em cheio, com destaque para a vocalista Maria Andersson, que além da elegância de portar saltos altos e calças bem ajustadas ainda toca sua guitarra com um estilo de dar inveja. Destaque para Cheek to Cheek do recente álbum What if Leaving is a Loving Thing [2007].
Para fechar a noite os escoceses Teenage Fanclub, que de teenagers já não têm nada. O que vimos foi um grupo de cabelos bem agrisalhados tocando, cujo primeiro disco foi lançado há 18 anos. Mesmo assim valeu a pena conferir músicas como Starsing de Bandwagonesque [1991], About You e Mellow Doubt do álbum Grand Prix [1995]. I Need Direction e Dumb Dumb Dumb de Howdy [2000] e até It`s All in My Mind do útimo álbum lançado Man-Made [2005]; Time Stops deste último também marcou presença no setlist. Olhar em volta e ver a multidão cantando, muitos vestindo camisas da banda, é perceber que a história destes escoceses fala mais alto.
Segunda, 22. Ainda tá rolando?
A data quase passa despercebida, não fosse alguns concertos na sala Bikini. Funking Chaos, com seu funk experimental proveniente de Barcelona, foi o responsável por abrir a noite. Jamie Woon da Inglaterra seguiu a noite com seu soul/funk e José James de Nova Yorke com jazz/soul fechou a noite que mais serviu para um relax mental depois de um fim de semana com tantas guitarras e misturas musicais.
Terça, 23. Volta à maratona de shows

Noite de terça-feira e mais uma maratona gratuita de shows. Eram tantas as opções que o público mais uma vez ficou dividido. Com a colaboração da Red Bull Music Academy estava previsto para o palco Plaza dels Àngels o show do brasileiro Ed Motta que, por algum motivo ainda não esclarecido, foi cancelado. Uma pena já que o público brasileiro residente ou a passeio em Barcelona compareceu em peso ao palco montado diante do Museu de Arte Conteporânea.
Entre as estreitas ruas do bairro gótico e atrás da catedral, mais precisamente na Plaza del Rei, se encontrava entre paredes de pedras sólidas de séculos passados um palco mais escondido, onde iria se apresentar Russian Red, uma jovem que aos 22 anos se converteu numa das maiores promessas indie da Espanha, além do American Music Club. Muita gente reclamou que o acesso ao local era espremido e difícil [estava lotado], mas foi muito bem escolhido por dar um ambiente mais íntimo ao show.
Vale lembrar que no festival Primavera Sound, a senhorita Lourdes Hernándes [verdadeiro nome da cantora] não conseguiu dar esta atmosfera a seu show devido às interferências sonoras de outros palcos; era nítida a cara de desconforto da jovem.
Bem próximo dali também estavam outras boas pedidas. De volta à Plaza Reial se apresentaram Pumuky, banda de Tenerife, que deixou muita distorção no ar e os garçons dos restaurantes ao redor com cara igualmente distorcidas. The Secret Society apresentou em show acústico e solo do vocalista , com músicas de seus EPs e do CD Sad Boys Dance When No One´s Watching [2005]; já que o resto da banda por algum motivo [também não esclarecido] não deu as caras.
A terceira atração da noite foi David Bazan, ex-lider da banda Pedro the Lion, que também fez um show acústico. Se manteve por mais de uma hora comandando seu público com sua excelente voz e seu pequeno violão. Não é à toa que é considerado pela revsita Paste como um dos 100 melhores compositores/intérpretes em vida na atualidade. E para fechar a noite na Pl. Reial lá estavam The Long Winters , banda de John Roderick que apesar das conturbadas mudanças de formação vem mantendo a formação atual há algum tempo. Havia uma expectativa muito grande para o show e a chuva que insistia cair desde o primeiro dia de festival não parecia baixar os ânimos dos americanos, levando em consideração que são de Seattle e talvez quisessem ver dias mais bonitos do que o de costume em sua cidade.
A chuva ameaçou e não caiu, mas o show cumpriu as expectativas do público e os longos invernos não decepcionaram. Apresentando músicas como Blue Diamonds, Cinnamon e Stupid do álbum When I Pretend to Fall [2003], Pushover e a honestíssima Honest de Putting the Days to Bed [2006], eles levantaram de vez o público que não deixava escapar uma única palavra das letras; de repente todos viraram fluentes em inglês. Durante a apresentação o grupo ainda promoveu um troca-troca de instrumentos, vocalista vai para o piano, baixista na guitarra, guitarrista no baixo e de quebra a participação mais que especial de David Bazan em uma das músicas.
No fim das contas, o BAM 2008 encerrou suas atividades nesta noite mesmo, embora as atividades culturais na cidade tenham seguido até o último domingo do mês. No dia 24 houve uma queima de fogos já tradicional em Barcelona para celebrar o dia da padroeira da cidade. Algo semelhante à queima de fogos no reveillon de Copacabana, e que por aqui, também pôs um ponto final no belo verão musical que passou.
Também publicado por Revista Paradoxo http://www.revistaparadoxo.com/
Mais fotos sobre o festival em www.flickr.com/photos/mauriciomelo
ENGLISH VERSION.
BAM - BARCELONA ACTION MUSIC
by Mauricio Melo.

The BAM, Barcelona Action Musical, is more than a simple music Festival. Has become a genuine Guide to discover new proposals and still have the opportunity to see bands that are part of pop/rock history. Pop, punk, indie, folk, electronic, DJs, Jazz, hip-hop, Rumba mergers and other creative living peacefully in free concerts spread by the city of Barcelona, it has year with participation of the so-called rooms shows, venues of small and mid size as Bikini, l'Apolo. The Festival is purposely during festivities of Mercé, patron Saint of City, which this year, happened between 19 and 28 September.

This was highlighted for the new Spanish trends, using as a seasoning some names on the international stage. Was the case of Krakovia, Russian Red and Primal Scream. There were over 70 presentations on 13 stages, with musicians from United States, England, Cuba, France, Sweden, Finland, Canada, Lebanon and Nigeria. The main stage were of the former factory Estrella Damm, the excellent Espacio Movistar and Plaza Real, plus a special evening in Plaza del Rey. The proposals emerging were received in the Plaza dels Angels.
The festival began on Thursday with two shows to heat. Yas with your electronical-pop sung in Arabic on stage in front of the French Institute of Barcelona. Indoor, at CCCB [Contemporary Culture Center of Barcelona], the BCNmp7. However was Friday, 19th, that the party has taken.

Friday 19th, the Canadian revelation.
In actual enthusiastic crowds from witnessing stood Raydibaum, local pop / Rock / alternative her third disk, Manual Genere Catastròfic [2008], the first album of the band sung in Catalan. Then was the turn of pop / hip hop Facto Delafé y Las Flores Azules with colored balloons around the stage, soap bubbles and confetti posted at public that sung all the songs with the locals.

The third show of the evening was the first [single] international band in enthusiastic crowds from witnessing Plaza Real, Sam Roberts. Virtually unknown in Europe, this Canadian reached prepared to conquer your space his third album, Love at the end of the World [2008] that was number on of sales in your country after posting. This is a mixture of Rock and folk and American style with some power pop.

I was surprised him here, because I share this musician since my living in their country of origin and had never heard someone mention their name in Spain, but for the proposal of the BAM, it couldn't be better. The public not caved to rain that insisted, much less Sam and his band seemed mind about few drops of water that came from the sky. The highlight of the show was "Brothers Down" of the first EP Inhuman Condition [2002].
To close this evening was chosen the quintet Siniestro Total, punk-rock band from Galícia [Vigo] that celebrate the many punks present. With almost 30 years, they do not disappointed and proved to be in shape, including your version of "Sweet Home Alabama" to "Miña Terra Galega".
The fans of hip-hop had a good options at the MTV-Fòrum stage, with the Chacho Brodas, Shotta, Ari and Calle 13 from Barcelona, Sevilla, the Dominican Republic and Puerto Rico respectively.
The Forum included a stage dedicated only to the electronic music. Still passed by the stage of Fabra i Coats The Pepper Pots with your ska/reggae and soul with the 3 frontgirls and an excellent band support. Despite being Catalan, the letters are in English. Just after past by this stage La Kinky Beat, a group more mixing everything, jungle, reggae, rock and here turned feeling underground sensation.
Saturday, 20. A question: to which stage we should... AH Yes, the Primal Scream!
The Saturday was a day full of attractions and of course these so many good requested were purposely spread to divide the public. In the Plaza de L'odissea mission stood Nudozurdo with your rock/indie from Madrid sung in Spanish. Then Camping, excellent rock band alternate Barcelona [with letters in English], her most recent work Politics of Love [2008] and set selling Politics of Hate [2008], an EP that can only be purchased in concerts. There was still time to (lo:muêso) with your noise/rock and about to launch their third album. Are the spanish bands growing up in the international scene.
As soon as in Plaza Real stood Le Petit Ramón Experimenta 3, Love of Lesbian, Los Niños Mutantes and The Automatic. With the exception of the last one, all spaniards. The Automatic, Wales, debut in Barcelona with your indie rock releasing their recent work This is a Fix [2008]. However much of the public has the same stage mounted in front of the old factory Estrella Damm, where in fact was the main stage of the Festival, which received this evening band pop alternative local Mishima to heat the crowd. Then Antònia Font with their psychedelic pop, that often resembles a soundtrack movie, opened for the great attraction of the Festival, the Primal Scream.
The British had already passed through Barcelona making a pre-release Beautiful Future [2008] in the Summercase Festival, two months ago, and have once again the control of the game to delight, not only with old songs as "Imperial" album Sonic flower Groove [1987], "Movin On Up" from the acclaimed Screamadelica [1991], "Accelerator" from xtrmntr [2000], "Contry Girl" of the recent album Riot City Blues [2006], but also show that the tour is the new album one and since at the opening should the track title and the exciting "Can't go Back", in addition to "Led Zombie Man" and other a little slower as "Glory of Love", "Beautiful Summer" and "Urban Guerrilla", proving that despite the years, they don't leave dust on the stage.
On the other side of the city, on the stage-MTV-Fòrum was session owl. Many people left after the Primal, but many to give Supersubmarina, indie pop / spanish, Vetusta Morla with alternrock from madrid, the punk Rock / glam lipsticks of Krakovia, also from Madrid. I've had other opportunities to see them, and we know that is always very interesting to see them. Had enough space for the local La Casa Azul and their pop / club retro.
Sunday, 21. The known Teenage Fanclub
On Sunday, what excelled among many attractions were the british The Whip the mixture of pop made in Manchester with electronic music, overnight indie Rock / promise in Espacio Movistar. Who went to Apolo to see The Whip checked something modern and very pity, as the ones that went to the Movistar gave a nostalgic evening.

Although The Last 3 Lines have done an excellent show and confirmed the headquarters of the bands promising Barcelona, the Belgian Sharko not "raised the public. We cannot say the same for the sweedish Sahara Hotnights, that with your rock or powerpop basic was powerfull enough to heat the place, particularly the singer Maria Andersson, that in addition to the elegance of her slim fits pants and heel matching still plays guitar with a style to envy. Focus on "Cheek to Cheek" of recent album What if Leaving is a Loving Thing [2007].
To close the night the Scots Teenage Fanclub, which already teenagers have nothing. What we saw was a group of gray hairs playing, whose first album was released there are 18 years. Even so worthwhile give music as "Starsing" of Bandwagonesque [1991], "About You" and "Mellow Doubt" from the album Grand Prix [1995]. "I Need Direction" and "Dumb Dumb Dumb" of Howdy [2000] and "Until it`s all in My Mind" from the last the album Man-Made [2005]; "Time Stops" was in the setlist too. Look around and see the crowd sing, many wearing shirts, is the history of Scottish speech loudly.
Monday, 22. Still around?
The date is almost unnoticed, was not some concerts at the Bikini room. Funking Chaos, with their funk experimental from Barcelona, was responsible for the open night. Jamie Woon from England followed the evening with your soul/funk and José James new York with jazz/soul closed the night that served to a mental relax after a weekend with so many guitars and mixtures.
Tuesday, 23. Back to Marathon shows

Night of Tuesday and another marathon of free concerts. Were so many options that the public once divided. The Red Bull Music Academy was laid down for the stage Plaza dels Àngels the show of Brazilian Ed Motta that for some reason, was canceled. So sad for the Brazilians resident or in Barcelona for visiting were there to the stage mounted in front of the Conterporary Art Museum.

Between the narrow streets and behind the Cathedral on Plaza del Rey, was between the walls of solid stones from the past centuries a stage more hidden, which would present Russian Red, a young singer of 22 years of age has become one of the greatest indie promises of Spain, in addition to the American Music Club. Many people claimed that access to the location was squished and difficult [was] crowded, but it was so give a more intimate to show.
It is worth mentioning that at the Primavera Sound Festival, this little girl Lurdes Hernándes [true name singer 's] could not give this atmosphere at your show due to noise other stages; it was clearly the faces of discomfort.

And just beside were also other good requested. Back to the Plaza Reial stood Pumuky, band from Tenerife, which left a lot of distortion in the air and the waiters of restaurants around with the faces also distorted. The Secret Society presented in show acoustic and just the singer with music EPS and the album Sad Boys Dance When no one´s Watching [2005]; since the rest of the band for some reason [also unclear] did not the faces.
The third attraction of the evening was David Bazan, former leader of the band Pedro the Lion, which also made an acoustic show. Remained for more than one hour commanding your audience with its excellent voice and his small acoustic guitar. That's why he is considered by the Paste magazine as one of top 100 composers/interpreters in life today. And to close the night in PL. Reial there were The Long Winters, band John Roderick that despite trouble changes training is maintaining the current training for some time. There was a forward too large for the show and rain that insisted fall from the first day of Festival not seemed to put down the minds of the Americans, taking into account that are Seattle and perhaps they wanted to see the most beautiful days than the usual in your city.
The rain threatened and has not, but the show has fulfilled the expectations of public and The Long Winters not disappointed. Introducing music as "Blue Diamonds", "Cinnamon" and "Stupid" from th album When I Pretend to Fall [2003], "Pushover" and "Honest" of Putting the Days to Bed [2006], and for a moment everybody in Barcelona all turned fluently in english. During the presentation the group is still promoted an exchange of instruments, singer goes to the piano, bass on guitar, bass guitarist in and break participation more than special David Bazan in one of the music.
Ultimately, the BAM 2008 closed activities this evening, although the cultural activities in the City have followed up the last Sunday of the month. On September 24th there was fireworks already traditional in Barcelona to celebrate the day of the patron Saint of the City. Something similar to the traditional fireworks in the new year's eve Copacabana, and here, also put an end to the beautiful musical summer.



Por trás do Monstro Invisível


O novo clipe d’O Rappa, "Monstro Invisível", dirigido e realizado pelo casal Gustavo Melo e Luciana Bezerra, concorre ao VMB como melhor clipe do ano. Ambos fazem parte da primeira safra da escola de cinema do Grupo Teatral Nós do Morro (RJ). Seus professores, Rosane Svartman (Como Ser Solteiro No Rio De Janeiro) e Vinicius Reis (Saens Pena, a Estação Final).

"Monstro Invisível", o novo clipe d’O Rappa"Monstro Invisível" é considerado pela própria dupla como o milagre mais recente realizado pelo núcleo de cinema. "Foi uma correria, filmamos em apenas dois dias, mas ficou emocionante", contam Gustavo e Luciana. "O clipe ficou bem doc e só foi possível por causa das infinitas parcerias, toda a galera do Nós, a montagem hipnótica do italiano Alessio Slossel". Slossel chegou no Nós há oito anos e ficou no grupo. Contaram ainda com a parceria da produtora El Desierto, que através da amizade do Diretor de Arte, Pedro Rossi, convidaram dois coletivos cariocas de grafiteiros e interventores intitulados "Nacão" e "El Ninho": Gais, BIG, Mateu Velasco e Pedro Rossi. As artes dos cartazes foram interpretações dos próprios para a música "Monstro Invisível": "A banda deu total liberdade, confiou no nosso trabalho". O Rappa já teve três clipes com elenco do Nós do Morro (Minha Alma, O que Sobrou do Céu e O Salto) e agora veio a oportunidade da direção e realização. O diretor de fotografia André Lavaquial é o diretor do curta brasileiro mais badalado em Cannes este ano: "Som e o Resto". O clipe tem as participações de Jonathan Azevedo/Negueba (7 Minutos de Cavi Borges), Kikito Junqueira (Cidade de Deus e Era uma Vez) e Marcelinho Mello (o Sandro, de Ônibus 174, de Bruno Barreto) e foi filmado no Rio de Janeiro, do Centro ao subúrbio, passando por bairros da Nova Holanda, Penha e Brás de Pina.

Sobre Gustavo Melo:Gustavo passou a infância e adolescência no subúrbio da Leopoldina, mais precisamente no bairro de Brás de Pina, onde desde criança devorava quadrinhos. Com o passar dos anos, virou cinéfilo consideravelmente conhecido e reconhecido nas vídeolocadoras do bairro.Pouco mais adiante, seu bairro natal e principal fonte de inspiração até os dias atuais se tornaria pequeno. Somado a alguma resistência familiar, em 1997 foi morar no morro do Vidigal, Zona Sul, para estudar e fazer parte do Núcleo de cinema do Grupo Teatral Nós do Morro, coordenado pelos cineastas Rosane Svartman e Vinícius Reis. Um ano depois passou a dar aula de cinema como multiplicador para jovens e adolescentes. Em 1998 participou do Projeto "Estereótipos", desenvolvido em intercâmbio através da Comunidade Européia com cinco países: Alemanha, Brasil, Colômbia, França e Portugal. Fez parte da equipe de Roteiro e Direção.Em 1999 recebeu o prêmio de roteiro da Riofilme, com o curta-metragem O Jeito Brasileiro de ser Português e fez a sua tão sonhada estréia na direção. Dib Lutfi, o fotógrafo histórico do movimento Cinema Novo fez a fotografia do curta.Em 2000, trabalhou com mais cinco roteiristas no longa metragem Abalou - Um Musical Funk, premiado pelo MINC no concurso de roteiros. Em 2002 fez a adaptação do livro Nação Crioula, de José Eduardo Agualusa, para um longa a ser dirigido por Blisário Franca. Participou de outros curtas como o Mina de Fé, de Luciana Bezerra (melhor curta metragem no festival de Brasília, convidado do festival Clermont-Ferrand de 2004), que também já rodou o Brasil e Europa sendo exibido nos mais diversos festivais.Também ganhou prêmio de Melhor Texto no primeiro Festival Carioca de Esquetes de 2003. Foi um dos seis roteiristas no Workshop de Roteiros para Sitcom, coordenado por Debbie Allen, Michael Ajawke Jr. e Bentley Evans. Teve sua estréia como autor teatral com a peça Biografia (não-autorizada) de uma família. Publicou ainda o conto Dois Irmãos, na Revista Piauí, em dezembro de 2006. Em 2004 foi um dos premiados com o roteiro Picolé, Pintinho e Pipa, no concurso de editais no MINC, realizando assim seu segundo curta metragem em 35mm. Picolé, Pintinho e Pipa recebeu o prêmio ABD&C (1º Festival Visões Periféricas/2007/RJ) e continua sendo convidado no Brasil e no exterior. Trabalhou também em documentários como A Cobra Fumou, além de dar seus primeiros passos em vídeoclipes com o rapper Macarrão e música eletrônica de RRamos.Recentemente, co-dirigiu o filme/documentário (22 minutos) Minha Área, que foi exibido em alguns festivais no Brasil, entre eles o tradicional Festival Internacional de Curtas do Rio de Janeiro.O rapaz não parou por aí. Já tem em seu calendário Dia de Visita, roteiro de longa metragem produzido em parceria com Cavi Borges, a ser produzido ainda este ano pela CAVIDEO, e A Distração de Ivan, prêmio de Roteiro pela Petrobrás recebido em 2007, para um curta-metragem a ser realizado ainda em 2008, cujo roteiro teve mais uma vez seu bairro natal Brás de Pina como fonte de inspiração - assim como em outras ocasiões, boa parte das filmagens será feita no local, mais precisamente na casa de sua avó materna, onde passou parte de sua infância.A ida de Gustavo ao Nós do Morro não lhe rendeu somente aventuras cinematográficas. Lá também encontrou Luciana Bezerra, atriz, roteirista, diretora e mãe – e casou-se com ela. Os dois dividem sonhos, frustrações, realizações, idéias e um filho.


O LINK PARA VISUALIZAR A VERSÃO OFICIAL DO CLIPE NO YOUTUBE É ESTE - http://br.youtube.com/watch?v=C1jrGzvpodU

God Save The Kings!

Foto tirada durante o festival Summercase Barcelona 2008 - Mauricio Melo

God Save the Kings!
Kings of Leon Lançam quarto disco e conquistam o Reino Unido
por Mauricio Melo - Barcelona, Espanha[24/09/2008]

Desprezados por parte da imprensa, mas elogiados por um grande público. É com esse estigma eterno que o Kings of Leon apresentam, no próximo dia 23 de Setembro, seu quarto disco, Only by the Night [2008]. A família Followill, nativa de Nashville (Tenessee - EUA), enfrentou grandes desafios para finalmente conquistar o Reino Unido: deixar para trás a sombra dos Strokes, manter assombrado seus leais seguidores, provar que não faz mais shows por pura diversão e esbanjar altas doses de profissionalismo, como fizeram em Barcelona no festival Summercase e em Glastonbury, onde foram headliners.
Mas antes de chegar ao atual estágio, a banda passou por diversas transformações. Com Youth and Young Manhood [2003], ela deu seu tiro de partida que culminaria em Aha Shake Heartbreak [2005] – o álbum levou-a a ser convidada de honra na turnê do U2. Na seqüência, Because of the Times [2007] deu mostras de um rock moderno com pinceladas que iam do punk ao progressivo, apresentando uma banda mais madura. Por fim, Only by the Night. O álbum foi gravado em somente um mês e meio, na própria Nashville, e parece trazer maior concretude nas idéias e um som mais amplificado.
Qualidade que se reflete na procura por ingressos. Em Glastonbury a banda tocou para mais de cem mil pessoas, nos os próximos meses está com uma turnê marcada para grandes estádios no Reino Unido. É possível que nem eles imaginassem tamanho reconhecimento em tão pouco espaço de tempo. O sucesso provavelmente foi ocasionado por Because of the Times, um marco para a banda que a transportou do chamado rock de roça para os grandes palcos.
De todo modo, nem tudo é tão simples e glorioso para os sulistas. Em seu próprio país, o reconhecimento ainda não chegou – e talvez ainda demore um pouco. Mesmo que seja grande o acesso a boas bandas e movimentos culturais, boa parte dos norte-americanos ignora este privilégio. Alguns só se tornam grandes depois de serem reconhecidos na Europa. E pelo andar da carruagem, os Kings parecem realmente ter intenções de conquistar de vez o velho continente, embora não tenham desistido ainda de seu país de origem.
Com relação ao novo disco, analisado a partir de algumas faixas antecipadamente lançadas para iPods, é visível a evolução musical dos ex-caipiras. Closer abre o disco e dá a nítida sensação de se escutar uma continuidade de Because of the Times, com um perfil mais progressivo e moderno. Na seqüência, Crawl é um petardo com uma sonoridade de guitarra e baixo – são zumbidos que lembra o U2 quando deixou de lado seu rock 80's e apresentou ao mundo Achtung Baby [1991]-, mostrando que o convívio ensina muitas coisas e os Followills não são tão matutos quanto pareciam. A terceira faixa, single no mundo inteiro e que chegou a primeiro do ranking europeu, é Sex on Fire. Talvez seja um único sopro do antigo Kings of Leon, lembrando as músicas de Aha Shake Heartbreak com uma roupagem mais moderna.
Se já não o é, Use Somebody será o novo hit do disco. Acerta em cheio, é pegajosa e dá margens para o coro de fundo da multidão em um show. Outro exemplo da já citada evolução é Manhattan, que adiciona som de castanholas para decorar a canção. Seguindo o formato da faixa anterior, Revelry tem uma definição muito básica, bonita letra [até certo ponto inocente] e certa beleza na simplicidade de como é tocada, mais puxada para o pop. Não fosse cantada com o forte sotaque sulista de Followill, poderia causar um efeito muito diferente.
17 segue misturando pop, rock e, com uma introdução ao som de sinos, dá o tempero setentista que a banda vem utilizando com freqüência – vale lembrar que em recente apresentação no citado festival Summercase, o grupo utilizou No Quarter do Led Zeppelin como introdução. Em Notion, ao invés de sinos utilizam piano, dando mais uma mostra de maturidade musical. Be Somebody, por mais que pareça absurdo e não encaixe com o perfil do grupo, é praticamente uma música post-punk, com baterias tribais que muitas bandas utilizaram nos anos 80 [citaria Cure entre elas], riffs de guitarras e baixo marcado lembrando bastante duas bandas de uma única formação: Joy Division e posteriormente New Order [a primeira no decorrer da canção e a segunda no refrão].
I Want You e Cold Desert são as músicas mais extensas do disco, a primeira antes de Be Somebody, que apesar de lenta tem tom animado. Cold Desert fecha o disco em tom de despedida, lenta, arrastada mas sem se tornar chata.
Os fans mais antigos podem até torcer o nariz, porém era inevitável que a mudança acontecesse. Quando surgiu, a banda tinha muito potencial, mas um conhecimento cultural e musical até certo ponto limitado. Ao sair pelo mundo excursionando com grandes bandas e tendo a oportunidade de devorar novas culturas, ela naturalmente avançaria o feijão-com-arroz. A mudança não se reflete somente na música da família Followill. No último fim de semana, ela tocou no Saturday Night Live e em nada lembravam aqueles meninos caipiras, com camisas xadrez, jeans esfarrapados e barbas por fazer.
Talvez o Kings of Leon tenha sido injustamente taxado por participarem de uma geração que surgiu em meio a bandas como The Strokes e The White Stripes. Também influenciou certo preconceito, por serem uma banda sulista [coisa comum nos Estados Unidos]. Mas se as bandas citadas perderam um pouco de força, apesar da incontestável qualidade, o Kings of Leon seguiu caminho oposto, principalmente na Ilha Cinzenta – como é chamada por aqui o Reino Unido.
Only by the Night tem como datas oficiais de lançamento 22 e 23 de setembro, a primeira no Reino Unido e a segunda mundial. Além de algumas músicas já disponíveis no MySpace da banda, boa parte já vazou na web. O disco que prometia um retorno às raízes na verdade é uma mistura de tudo que já fizeram: tem algo dos dois primeiros melhor elaborado, fazendo o perfil do trabalho anterior. God Save the Kings!
Também publicado em Revista Paradoxo www.revistaparadoxo.com
Mais fotos sobre os Kings of Leon - www.flickr.com/photos/mauriciomelo