segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Confronto - Site oficial



A banda carioca Confronto, colocou no ar recentemente sua nova web, www.confrontobrazil.com
Lembrando que o quarteto acaba de lançar, Imortal.  Um disco completo em todos os aspectos.  Quer quiser saber mais sobre a banda, pedir material como camisa, disco, DVD e kits do atual lançamento é só passar na loja, também disponível no site.  
www.confrontobrazil.com

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

We Are The In Crowd lança video clipe e anuncia disco novo.

O grupo We Are The In Crowd lançou novo video clipe, The Best Thing (That Never Happened) esta semana e de passo, confirmou lançamento de Weird Kids para 18 de Fevereiro.
Segue abaixo o vídeo.



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Programação do fim de semana de 13, 14 e 15 de Dezembro de 2013

Apresentamos aqui no Substance, a progamação do próximo fim de semana no melhor bar da Zona Norte do Rio de Janeiro, o Subúrbio Alternativo.  




Sexta-Feira dia 13 de dezembro a Firegarden está de volta ao Subúrbio Alternativo quebrando tudo com o melhor do rock para abrir o fim de semana.
Esperamos por vocês lá! Dessa vez sem chuva!


No Sábado 
a coisa vai ficar muito séria.

Com presença confirmada de Claudio Lopes (Dorsal Atlântica ) com seu novo
projeto Titanica , WARFX tocando músicas do seu novo trabalho
e o melhor tributo ao Metallica da atualidade Militia Brazil - Metallica Tribute.  


E para fechar com chave de ouro, a tradicional tarde hardcore 
BAIXADARIA E SUBÚRBIO ALTERNATIVO APRESENTA:


MAIEUTTICA
https://www.facebook.com/MAIEUTTICA.OFICIAL
http://www.youtube.com/user/Maieuttica 

DIAS DE GUERRA
https://www.facebook.com/diasdeguerra021
http://www.youtube.com/user/DiasdeGuerraHardcore 

IRONA
https://www.facebook.com/bandairona

UPSIDE DOWN
https://www.facebook.com/BandaUpsideDown
http://www.youtube.com/watch?v=0GgfHbEF9v4

DOMINGO DIA 15 DE DEZEMBRO
ÁS 17 HORAS DE GRÁTIS

CONTAMOS COM A PRESENÇA DE TODOS NO EVENTO..
Sempre bom lembrar que a entrada para todos os shows é FRANCA, GRÁTIS, 0800!

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Agnostic Front faz bom show em Barcelona - 07/12/2013 - Texto, fotos e vídeo.

Agnostic Front

Um ano e meio após a última passagem pela Espanha, exatamente quando expira o contrato que as bandas tem com os festivais em solo europeu, os nova-iorquinos do Agnostic Front se apresentaram uma vez mais no tradicional Estraperlo Club del Ritme de Badalona, Barcelona, lançando My Life My Way, disco lançado há dois anos.  A abertura ficou por conta de duas bandas locais, a 8 Onzas que já havia aberto para o Born From Pain e demostrou a mesma força nesta noite e Grankapo, outro grupo furioso com um bom set debaixo do braço e que foi responsável pelos primeiros pogos da noite.  

E não demorou para que Vinnie Stigma, guitarrista…ou melhor, lenda do Agnostic Front subisse ao palco junto aos seus recém cumpridos 58 anos para dar os últimos ajustes em sua guitarra.  Antes mesmo do show começar desferiu seu protesto, entre outras coisas, contra a nova lei em Madrid que "proíbe" músicos de rua e pediu "poder para o povo".  Ao primeiro riff de Joseph James e avistando Roger Miret na lateral esquerda do palco, Stigma inicia a noite com socos ao ar e gritos de ira, todo um personagem que Vinnie incorpora durante as apresentações.  A tradicional  "The Eliminator" abre a noite e antes do típico salto, Miret olha a seu redor para ter certeza de que pode executa-lo.  Havia sido dada a partida de uma noite que acabaria menos de uma hora mais tarde.  "Dead to Me" do disco Warriors confirmou o tom da noite, recheada de porradas "recentes" misturadas a clássicos de décadas atrás.  Do último My Life My Way de 2011, além da música título a curtinha "That's Life", "Us Against The World" e a cantada em castelhano "A Mi Manera" foram as responsáveis por representar o mesmo.  


Das improváveis, "Something Gotta Give" e "Believe" deram as cartas, a segunda também cantada em hispano e das já comentadas clássicas que não ficam nem ficarão de fora de um setlist do AF, "Victim in Pain", Friend or Foe", "Your Mistake e "Crucified".   Talvez pela facilidade do idioma com Roger Miret que é de origem cubana, talvez por se tratar de uma consolidada e lendária banda no movimento hardcore, o público fez sua parte.  Cantou, gritou, berrou e saltou do palco como nunca.  Um público onde moicanos, skinheads, a velha escola do hardcore e até uma boa quantidade do movimento straight edge local marcaram presença e possivelmente o conjunto de tudo isso, somado ao fato da banda não estar em final de turnê européia, o que derrota em cansaço os integrantes de idade mais avançada, fizeram com que a banda fizesse bonito em cima do palco, oferecendo uma apresentação à altura de seu nome.  Vimos Miret e Stigma saltar como garotos, o velho guitarrista visivelmente mais magro na retaguarda como mais gosta, se benzendo em alguns versos hardore.  O técnico guitarrista Joseph James, junto ao baixista Mike Galo e Pokey Mo na bateria dando a solidez que os "coroas" necessitam.  Não sabemos se esta apresentação foi melhor do que ano passado no Resurrection Fest mas lá o público era outro, o palco era principal e a banda gostou do espaço mas definitivamente esta merece um ponto a mais.

Enfim, "Riot Riot Upstart", "All is Not Forgotten", "Gotta Go", "Police State" e "Addiction" foram encarregadas de completar o setlist de maneira aleatória ainda que "Blitzkrieg Bop" uma vez mais tenha encerrado a noite em cima do palco.  

O melhor e mais gratificante, para aqueles que acompanham a banda há anos, tenha sido a imagem em que, após guardar seu equipamento contando piada, Vinnie Stigma tenha demorado quase meia hora para percorrer os cinco metros que separam o palco do que chamam de camarim.  Eram canetas, capas de discos (vinil e cds) e posters para serem autografados, câmeras fotográficas para todos os lados.  Não importa se ele, musicalmente, não apresente nenhuma técnica, que mal saiba tocar meia dúzia de acordes.  Tim Armstrong do Rancid também não toca porra nenhuma e é considerado a grande figura, além de possuir três bandas.  Dee Dee Ramone morreu sem saber (tecnicamente) tocar e foi o que foi.  Não importa, há mais de três décadas esta dupla foi uma das responsáveis por inventar este monstro chamado Hardcore New York style e temo que tirar o chapéu.

Todos queriam a Stigma e o mesmo quis a todos, sempre com um sorriso e a simpatia que nenhum guitarrista, ou melhor, lenda hardcore conseguirá ter na história do underground. 

New York Hardore!!!! é o grito final de 2013.
Que venha 2014.
Texto e Fotos:  Mauricio Melo


Agnostic Front

Agnostic Front

Agnostic Front


Agnostic Front


Grankapo






Grankapo

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

AO VIVO: The Exploited no Estúdio Showlivre

The Exploited actua en un programa de television en Brasil.  El programa es presentado por Clemente, del mítico grupo punk rock brasileño, Inocentes.






quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Primavera Pack - Primavera Sound 2014


Após o anúncio do Arcade Fire no início do mês de Novembro, o festival Primavera Sound anuncia outro nome de peso, o Pixies.  Os americanos liderados por Frank Black visitarão as cidades de Barcelona e Porto e marcarão presença.  A última aparição do quarteto no festival e na cidade de Barcelona foi em 2010 e os canadenses do Arcade Fire não dão as caras desde Neon Bible.  Somente por este par de grupos já dá para perceber como será o festival em 2014.

De quebra, o festival também anunciou a venda do Primavera Pack, uma caixa de edição limitada com entradas para os três dias do festival, caneca, adesivos, agenda, livro oficial do evento, além de uma fita cassete (com direito a código para download) com uma coletânea de artistas que atuarão no próximo evento.  E mais (tá parecendo até o anúncio de A Loja em Casa), alguns afortunados encontrarão encontrarão o cartão Silver Penny, que dá direito a entrada para o festival em 2015, serão dez caixas e em apenas uma das caixas o catão Gold Penny que dá direito a assistir todos os eventos organizados pelo Primavera Sound nos próximos 5 anos, incluindo os festivais. A compra pode ser online pela bagatela de 160,00 Euros com tudo aí acima incluso menos os Silver e Gold Penny que contam com a sorte.  

Quer mais?

Pois na página do evento você encontra: www.primaverasound.com

Primavera Sound 2014 - Pixies anuncia apresentações em Barcelona e Porto.


Uma vez mais, e quantas mais forem necessárias, o grupo Pixies, verdadeira lenda do alternativo, tocará nas próximas edições do Primavera Sound (Barcelona e Porto).  
Os creadores de discos clássicos como Surfer Rosa, Doolittle e Trompe Le Monde, prometem incluir músicas de um suposto disco novo, algo que não lançam desde 1991.  
Mais informações: www.primaverasound.com

DANKO JONES: PUBLICADO ESTA MANHÃ O NOVO VÍDEO "LEGS", DIRIGIDO POR BRUCE LaBRUCE


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

VOODOO GLOW SKULLS Estraperlo Club del Ritme - Badalona (Barcelona) - 01/12/2013


Voodoo Glow Skulls by Mauricio Melo

Um dia faremos uma resenha sonora, daquelas que montamos uma sonoplastia com a boca (ainda que saia ridícula) para tentar definir melhor a sensação de estar diante do palco do Voodoo Glow Skulls após 12 anos de espera.  O cenário no ano de 2001 era, fisicamente, bem parecido ao de ontem.  Um clube com aparência de bar, tendo os californianos como banda principal após boa abertura da La Plebe, banda de San Francisco que mistura o ska com punk, ainda que menos furioso que o VGS e letras cantadas somente em castelhano.  Um show de alto nível que tivemos a oportunidade de conferir e que encaixou perfeitamente na noite.  

Porém, vários pontos diferem esta daquela apresentação.  Em 2001 foi na cidade de Montreal, Canadá, cidaade e país tipicamente gelado mas que em pleno mês de Agosto,  derretemos de calor e com um público que agitou sem parar, foi como colocar lenha na fogueira.  Ontem, na "caliente" Barcelona quase congelamos de frio, um final de outono como há muito não víamos e com um público que pouco se mexeu para tentar espantar as baixas temperaturas.  

Ler as resenhas do Voodoo Glow Skulls tocando em São Paulo e Porto Alegre é de sentir inveja quando se fala na recepção que a banda recebe.  Algo que, de cara, lamentei ao entrar no Estraperlo, pois o VGS merecia mais.  Até porque os preços estavam mais do que acessíveis.  Apenas 12 Euracos! E ainda assim não foi o suficiente para encher o local.




Já o grupo não passou desapercebido com um setlist de tirar o fôlego.  "Human Piñata" de Band Geek Mafia foi a destinada para abrir a noite puxada pelos hermanos Casillas Eddie e Jorge, guitarra e voz respectivamente e um mascarado ao microfone, seguida de "Delinquent Song" do mesmo álbum e "Fire in the Dancehall" do penúltimo álbum Southern California Street Music.  O ritmo imposto foi frenético e para não baixar a pressão tocaram com orgulho "Insubordination", música que abre o primeiro álbum da banda Who is? This is?, lançado há vinte anos.  Deste ainda figuraram "Dirty Rats" e "You're the Problem".

Do aclamado Monster?  "Shoot the Moon", "Closet Monster", "El Coo Cooi", "Drunk Tank" com direito a algumas dozes de tequila oferecida por um fotógrafo ao trombonista, que aliás é um destaque em cima do palco dançando com muito estilo como se recebesse descargas elétricas, além da inesperada "Nicotine Fit" e da celebrada "Charlie Brown".  O que não podemos chamar de  inesperado foi a presença do personagem da capa do disco, na verdade uma brincadeira feita pelo grupo.  

Talvez a grande ausência do setlist tenha sido "Baile de Los Locos" mas "Bullet Proof" supriu com competência esta ausência.  

Numa noite fria, o Voodoo Glow Skulls mostrou que ainda tem muita lenha para queimar e, pelo menos, tentar aquecer o público, ainda que nem todos necessitem.  

La Plebe

La Plebe

Voodoo Glow Skulls
Voodoo Glow Skulls


Voodoo Glow Skulls


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Confronto lançando cd no RJ 17/11/2013 - Teatro Odisséia - Rio De Janeiro/RJ


As vezes acho que vivo na contramão mas conheço muito bem os dois lados da moeda. Anos atrás sonhava com a oportunidade de assistir a nata do hardcore e metal mundial, punk rock à balde, festivais com cento e cinquenta bandas, três shows por semana e algo mais. As oportunidades vieram e, não foram e nem serão desperdiçadas. Enquanto em Barcelona rolava Bring Me The Horizon para um público muito jovem cobertos de roupas de marcas que ja deixaram de ser punks há algum tempo, muito me interessava assistir pela primeira vez o Confronto.


Foram necessários dezessete dias na terrinha para finalmente conferir de perto a cena nacional, numa tarde de Domingo, com direito a uma boa chuva que pode ter espantado parte do público. Cariocas são assim, choveu não sai de casa e quando sai, sai de casaco achando que está frio. Apesar de não ter assistido ao grupo Cervical, pude conferir o bom crossover dos paulistas Bandanos. O público gostou porém à sua maneira, ou seja, com uma distancia considerável do palco.


Já com direito a palco completo  foi a vez de Lacerated and Carbonized dominar a situação lançando o The Core of Disruption e seu death metal de alto nível com total destaque para o batera Victor Mendonça. O quarteto ocupou bem os espaços e fez o público bater cabeça no Teatro Odisséia. O que mais chama atenção na banda e que pode ajudar e muito minhas explicações na Europa é o conteúdo de suas letras, pois europeu perde emprego e fica desesperado, acha que o mundo acabou, sonham em vir para o Rio de Janeiro e, claro, ao Brasil, arrumar um empreguinho e curtir a vida, acham que aqui vivemos num mar de rosas e que tudo se resume em Ipanema e caipirinhas. Pelo menos essa é a imagem que se vende no exterior, que o Brasil é o novo horizonte, população rica e tal. Ler as letras do LAC é como estar diante da realidade de nosso país. Chamamos atenção para o baterista mas a banda em si oferece uma solidez singular.


Chegado o grande momento e nossa banda principal não sucumbiu diante de seu público. Apesar do Enlacerated and Carbonized ter feito um grande show, a noite estava ganha e a galera estava com os refrões na ponta da língua para o lançamento de Imortal, que teve a música título como a segunda da noite após abrir com "Abolição". Outra que chamou bastante atenção foi "Vale da Morte". Como disse anteriormente, foi a primeira vez que vi a banda atuando e em definitivo, estão mais do que prontos para enfrentar boas turnês e festivais no exterior, principalmente no continente europeu, assim como o LAC que já passou pelo velho continente. Bons riffs de guitarra, bateria e baixo sólidos e um vocal à altura do peso e da porrada oferecida, um verdadeiro luxo para o metal e hardcore nacional ter bandas como estas.


A missão foi finalizada com "Santuário das Almas" tendo banda e público completamente entregues durante a execução da mesma. O vocalista Phelipe Chehuan interagiu bem com o público, dividiu microfone nos refrões mais fortes, tudo como manda o figurino, ainda que um pouco mais de movimentação cairia bem. Não estou querendo te matar não Phelipe, foi visível o suor descendo pelos cotovelos durante sua atuação e de seus "comparsas" de banda, a idéia é construtiva e sei muito bem que estar na linha de frente em uma banda como essa não é para qualquer um.


Esperamos vocês no velho continente. 
Até.
Confronto

Confronto

Confronto

Bandanos

Lacerated and Carbonized









Circuito Banco do Brasil - Detonautas, Raimundos, Titãs, Yeah Yeah Yeah's e Red Hot Chili Peppers. 09/11/2013 - Rio de Janeiro - Brasil.


Mudanças.  Esta pode ser a palavra exata para definir muitas coisas no Rio de Janeiro atualmente, ainda que num geral não vimos tantas.  O "novo" Brasil ainda está distante de ter a qualidade de vida que merece e percorrer 20km com tantas obras pré Mundial e Olimpíadas, pode ser uma aventura de no mínimo duas horas de carro, ainda mais num   lindo dia em que as praias estavam lotadas.  



Por outro lado, uma vez dentro do Circuito Banco do Brasil, a última coisa a reclamar era a falta de organização ou infra-estrutura.  Perdemos o show de Rodrigo Amarante e Tom Zé mas tivemos a oportunidade de conferir de perto o campeão mundial de skate vertical, Bob Burnquist, arriscar várias manobras.  

Não muito distante deste momento conferimos o rock básico dos Detonautas, banda que possui alguns hits entre os mais jovens e algumas músicas com mensagens mais políticas.  Tico Santa Cruz fez vários discursos contra a corrupção e foi aplaudido pelo público.   Na seqüência, os Raimundos subiram ao palco principal para tocar os principais temas da carreira calcado sobre tudo em músicas dos dois primeiros discos, álbuns que levaram a banda a um bom momento de mainstream durante alguns anos em terras tupiniquins.  Quem ainda não havia assistido o grupo sem seu vocalista original se surpreendeu com a força com que Digão supre esta ausência.  O público foi insano, abriu rodas de pogos e a tarde se tornou hardcore por um momento, como se não houvesse amanhã e só teve tempo para respirar durante o show da banda Scracho Boto Fé no palco secundário, banda vencedora de um concurso e que teve lá seus minutos de atenção oferecendo boa música.  

Com o pôr do sol chegaram os astros Rei da fatia nacional do evento, os Titãs.  O quarteto paulista com direito a baterista de apoio pode se dar ao luxo de perder quatro integrantes originais e ainda assim serem considerados tais.  Foi um desfile de clássicos que provou o porque de, após 31 anos de estrata, ainda  serem um dos principais grupos do país e músicas como "Flores", "Desordem", "AA UU", "Cabeça Dinossauro", "Homem Primata" e porque não "Polícia" que se tornou mundialmente conhecida quando passou a ser parte do setlist do Sepultura, além de "Desordem" que como disse o próprio Sérgio Britto, parece ter sido escrita há meses atrás quando na verdade parte do público ali presente nem havia nascido quando a mesma foi composta, a prova mais sensata de que o país pouco mudou (na melhor das opções).
Karen O. e os Yeah Yeah Yeahs chegaram com bastante força ao palco mas a grande verdade é que só empolgaram o grande público na música "Heads Will Roll", possivelmente a única que chegou às rádios comerciais.  Quando surgiram no cenário mundial, muita gente apostou na força dos Yeahs mas o grupo parece ter sido corrompido ao longo da estrada percorrida.    


Os Red Hot Chili Peppers não tiveram dificuldades em colocar o público no bolso com Flea e seus cabelos de cor lilás junto a Josh Klinghoffer e Chad Smith numa empolgada jam instrumental que fez Anthony Kiedis saltitar como um pugilista em prévio aquecimento antes de "Can't Stop" iniciar a noite de maneira oficial seguida de "Dani California" com direito a uma jam quase hardore entre Chad e Flea, "Otherside" e assim foram os primeiros trinta minutos de apresentação para um público jovem e com todos estes hits de formato mais pop na ponta da língua em que pouco lembra os velhos Chilis com suas meias de futebol no pênis de duas décadas atrás.  A prova mais latente disto foi quando a banda resolveu repassar sua fase mais antiga e tocou "Blood Sugar Sex Magik", a música título do disco que catapultou o grupo ao mainstream praticamente passou desapercebida assim como outras do mesmo álbum, "Suck My Kiss" foi uma delas e nem mesmo "Higher Ground" que há anos atrás era o ponto alto do show foi capaz de levantar o público.  A banda fez sua escolha quando optou por um lado mais pop e o resultado é esse, navegar num mar de boas músicas para um público jovem mas que nem de perto conhece as verdadeira história dos californianos.  Um público que utiliza bonés do OFF! para imitar Kiedis mas não sabe que se trata do grupo de Keith Morris e companhia, amigos de longa data dos Peppers.  Antes de "Under the Bridge" uma outra jam foi tocada como intro e o público voltou a se animar.  Para fechar a noite, o baixista Flea que já tinha dado seu show à parte e elogiado aos montes o público brasileiro retorna ao palco plantando bananeira e como se não bastasse saltou como nunca em "Give it Away" como se no video clipe original estivesse.

Mudanças... O Detonautas pediu com palavras, o Raimundos mudou de vocalista, os Titãs mudaram mas continuam originais, Yeah Yeah Yeahs passaram de ser uma promessa indie e mudaram para um som mais eletrônicos e os Red Hot Chili Peppers deixaram o funk de lado, as meias no pênis, as drogas e viraram bons moços dedicados a um público juvenil...
E o Brasil?  Este sim queremos que mude.

Texto e Fotos: Mauricio Melo.