quinta-feira, 28 de junho de 2012

San Miguel Primavera Sound 2012 na Espanha 02/06/2012 - Arco do Triunfo e Parc del Fórum - Barcelona/Espanha


Sabe estas historias que acontecem a cada dia, que sempre escutamos ou assistimos pelos canais de televisão como se fosse uma tele dramaturgia e que os mesmos exageram no drama mas que nunca conhecemos ninguém que tenha passado por tal situação, etc, etc? Pois nossa história com o San Miguel Primavera Sound 2012 começou dois meses antes do evento com algo parecido. No final de Março, o mensageiro que vos escreve teve um grave problema de saúde, passando por uma cirurgia de urgência e com 90% de chances de não sobreviver. Ao acordar um dia depois a primeira pergunta que me vem à cabeça é "o que faço aqui e que dia é hoje?" na verdade já se tinham passado 24 horas e a última coisa que lembro é que estava sentado no sofá pedindo ajuda. Ao recobrar a consciência e ter melhor noção do acontecido, uma das perguntas que não queriam calar era se estaria saudável para, pelo menos, o San Miguel Primavera Sound deste ano, já que o Hellfest estava praticamente descartado. Muitos apostavam que não, mas com muita paciência e pensamento positivo lá estava eu, ou nós, já que não estava sozinho, Ana Paula Soares estava junto e amigos fotógrafos (ou não) para dar uma força no que fosse necessário, ou seja, da UTI ao festival em exatos dois meses, com muitas limitações mas presença o suficiente para conferir alguns dos melhores shows que este evento podia oferecer e ainda saímos no lucro, estar vivo é a grande festa.

Pre-Primavera Sound 2012, 30/05/2012.

Nossa jornada começou na Terça-feira com duas bandas na sala Apolo,Elephant e Dutch Uncles, nada mal e mais destaque para a segunda banda e sua mistureba de elementos e influencias. Mas foi na quarta-feira que o espirito primaveral começou a tomar conta com dois shows de alto nível no que nos referimos ao indie rock, The Walkmen e os já tradicionais Black Lips. Antes deles o The Wedding Present se apresentou e tocou na íntegra o álbum "Seamosters". Após uma longa espera, mais de década, The Walkmen veio ao festival ano passado para um show dentro dos dias oficiais no Parc del Fòrum e este ano presenteou ao público com uma apresentação diante do Arco do Triunfo catalão numa das ofertas gratuitas do festival. Com bons discos em seu currículo, incluindo o lançado há pouco Heaven, fizeram excelente apresentação diante de um público que mais esperava o Black Lips mas que se rendeu aos acordes de "The Rat". O que vimos foi uma banda feliz por mais uma vez estar no festival, guitarras elegantes e que parte do público deixou passar desapercebido que por se tratar de um ambiente público e um show gratuito, reuniu muita gente que nada tinha à ver com o festival. Já para os queiridinhos do grande público indie o jogo estava mais que ganho. Assim como o Shellac o Black Lips vem visitando Barcelona anualmente, ainda que tenham lançado disco novo ano passado o público vibra mesmo com músicas dos dois primeiros como "Take My Heart", "Fast Fuse", "Again and Again" e "Katrina", além do já esperado caos entre banda e público como lançamento de cervejas, campeonato de cuspe à distancia, chuva de rolos de papel higienico e muito rock and roll.


Quinta-feira, 31/05/2012 - Primeiro dia.

Na quinta-feira, primeiro dia oficial do evento, o mesmo começou como acabou a noite anterior, com Black Lips tocando do alto do Red Bull Tour Bus, um ônibus com estilo escolar anos 70 onde algumas bandas tocavam na entrada do festival, aberto ao público (gratuito). Nesta apresentação, um dos guitarristas urinou no público enquanto tocava, acho que passou um pouco dos limites mas se tem público que aceita, vamos nessa.

Lá dentro do Fòrum, o primeiro a passar por nosso crivo foi o Archers of Loaf. Debaixo de um bom sol que mais parecia o alto verão apesar do horário, 19:30, fizeram um show para um bom público com músicas do aclamado Icky Mettle como "Web in Front" e "Wrong" hit de video bmx nos anos 90. Um pouco mais adiante e numa boa sombra Lee Ranaldodemonstrava que o Sonic Youth lhe deve muito e que muitos dos bons discos lançados pela banda leva sua assinatura. Lançando Between the Times and the Tides, Lee fez de sua apresentação uma das mais belas do dia, com direito a presença de Mark Arm do Mudhoney no fosso de fotógrafos. É o que nos resta enquanto o impasse do Sonic Youth continua. "Waiting on a Dream" e "Angles" foram os grandes destaques. E por falar emMudhoney a mesma veio na sequência e neste momento fizemos o primeiro "sacrifício" da noite. Esta aí uma das coisas que se aprende nos festivais europeus, o poder da decisão. No mesmo horário do grupo de Seattle tocava o Death Cab for Cutie e seu melancólico e sofisticado rock "universitário", uma banda que particularmente nos interessava muito mas a decisão foi unanime, a galera de Seattle ganhou a queda de braço e fomos levados pela emoção de recordar a nossa época escolar e as fitas K7 na hora do intervalo bombando musicas do Piece of Cake e Every Good Boy Deserves Fudge entre outras do Five Dollars Bob's Mook Cooter Stew. Arm começou empunhando sua guitarra e terminou como um frontmen punk rock liderando sua banda com apenas o microfone nas mãos. Nos primeiros acordes de "Touch me I'm Sick", por mais que esteja concentrado e com a camera num suporte para aliviar o peso e não sacrificar a cirurgia, da vontade de largar tudo e sair pulando mas me contentei com um largo sorriso. Além deste, outros "hinos" de nossa juventude foram tocados como "Suck You Dry" e "Let it Slide". Após tudo isso as chances de arrependimento pelo sacrifício anterior foi soterrada.



Meia hora após as doze badaladas noturnas chegava o grande momento do dia e para muitos, do evento. O Refused pisava em Barcelona após anunciar seu tão esperado retorno. Sempre acontece o mesmo quando o show é muito esperado, perco a concentração, imagino estar mal posicionado para as fotos e as três putas canções passam voando. Sem contar que a barricada era estreita e a luz caótica, além de ter o corpo sacudido com os acordes de "Worms of the Sense, Faculties of the Skull", algo brutal. Antes disso a introdução da apresentação era de tirar o fôlego e proporcionar ansiedade, uma música atmosférica dava a pista de que algo realmente iria acontecer no palco da Ray Ban e assim foi. Com a luz em contra e integrantes milimetricamente posicionados, num "silencio" absoluto e público enlouquecido. Entre estas três velozes canções estava "Rather Be Dead" e Dennis Lyxzén demonstrou estar em forma e à altura de liderar a banda que mudou o rumo do punk no final dos anos 90 junto a Jon Brannstrom, Kristopher Steen, Magnus Hoggren e David Sandstrom. Lixzén está bem diferente da última vez que visitou Barcelona com seu irreconhecível The International Noise Conspiracy, fantasiado de brega dos anos 70. Também não faltaram os samplers entre as músicas assim como em seu mais aclamado disco The Shape Of Punk To Come... Durante a apresentação Dennis deixou claro que a maior motivação da banda estar ali era o público, seus fãs e todos que pediram à banda um retorno. Talvez seja esta a grande turnê que o já mencionado álbum não teve em seu tempo real já que o mesmo serviu mais como um testamento do que outra coisa. Uma merecida turnê que demorou mais de década para acontecer e que prova de uma vez por todas que o disco continua atual e podemos dizer que o mesmo foi praticamente tocado por inteiro. Coincidência ou não a banda escolheu um dos momentos mais caóticos na politica européia para exibir seu descontentamento, com músicas que canalizaram sua raiva e marcaram época. Também marcou presença o "Refused are Fucking Dead" que ao contrario to título demonstra que uma banda mais viva do que nunca. O grande momento da noite foi guardado para o final com "New Noise" e o grito em massa de "Can I Sream?" na introdução da mesma e um show que já entrou para a história do festival. O público enlouqueceu e se via uma grande massa saltante diante do palco, algo que poucas bandas conseguiram fazer em doze edições do evento.

Nossa noite não acabava por aí, ainda faltava conferir os escoceses doFranz Ferdinand que apesar de ter um público diferente ficaram um pouco apagados após o Refused no que podemos dizer expectativas para a primeira jornada do festival. Talvez pelo fato de terem tocado nesta cidade há poucos meses. De qualquer maneira, fizeram um bom show no que para muitos foi o grande encerramento da primeira noite. Lá estiveram músicas como "Jaqueline", "Michael", "Ulysses" e todos os personagens possíveis, além de "Walk Away", é claro. Após ver-los ao vivo se descobre o porque de que com apenas três discos a banda passou de abertura à principal e tocando em lugares considerados grandes na Europa como o Palau Sant Jordi de Barcelona, um ginásio olímpico. Sempre comento o mesmo, está aí um grupo que acho até certo ponto chato de escutar seus discos mas ao vivo, a coisa muda de figura. Se podemos reclamar um pouquinho poderiamos dizer que o show foi curto para quem era considerado um dos cabeças do festival, apenas uma hora e quinze de palco.

Sexta-feira, 01/06/2012 - Segundo dia.

Sexta-feira e segundo dia do festival, segundo as estatísticas do evento o dia que reuniu mais gente, 42.000 pessoas. A cada ano existe este dia, aquele que pela possibilidade de comprar ingressos únicos e não somente o abono para todo o evento, tem um artista que atrai o grande público. Em outras edições os escolhidos foram, por exemplo, Portishead, Neil Young, Pixies, Pet Shop Boys e este ano o escolhido foi o The Cure, acreditamos até que de maneira isolada. Porque esta crença? Se olharmos para cartazes passados, podemos analizar que junto ao grande nome que atrai multidões existem outros de igual peso mas este ano foi um pouco diferente. Existiram fortes nomes da cena atual mas de história recente. No passado Neil Young, Sonic Youth e My Bloody Valentine se dividiram num único festival, em outro Iggy & Stooges, Pixies e New Order e por aí vai passando por White Stripes, Smashing Pumpkins e Patti Smith. Talvez motivos de agenda ou até mesmo a crise na Europa, que parece não afetar aos festivais mas...



Deixando as analises de lado e partindo para o que interessa. Antes da banda principal tivemos The Chamaleons num palco, Chavez em outro e Rufus Wainwright no principal até chegarmos ao prometido The Cure e desde cedo já era perceptível a presença de um público mais adulto, menos moda e mais honesto. Uma hora antes do show já começava a formar a grande fila para que os fotógrafos chegasseam a limitada barricada. Eramos tantos que foram necessários dois grupos de 60 (limite da barricada) o que ao final nos colocava à merce da sorte, qual das duas canções haveria mais luz, quais expressões de rosto seriam as melhores as da primeira ou a seguinte? Assim como há quatro anos na última visita que o grupo fez a cidade condal e que vem sendo habitual, "Plainsong" abriu o setlist e que me perdoem os jornalistas formados na escola, sei que é um erro se colocar em primeira pessoa para comentar um show ou evento mas chutando o balde total, foi difícil concentrar mais uma vez. Estar diante do Robert Smith e lembrar que The Cure foi o primeiro show ao vivo que vi na vida ainda adolescente foi complicado, não só para quem escreve mas também para muita gente que estava lá, um grande momento. A sequencia da músicas parecia repetir ao show de 2008, "Pictures of You" e "High" deu mais um passo para que as suspeitas de uma apresentação de três horas realmente estava por confirmar. Como uma maratona, Smith e compania iniciam com um ritmo marcado, sem grandes esforços. O grupo atingiu tal nível dentro da música que já não é mais necessário lançar discos míticos ou que queiram provar algo, o que o público quer mesmo é vê-los executando sua própria história, bela, calma e emocionante. Muito se comentava de que a banda renderia homenagem aos vinte anos de Wish, repassando na íntegra o álbum o que não aconteceu e claro, ninguém reclamou.

O ambiente começou a aquecer com "The End of the World" ainda que a resposta do público não fosse tão grande, algo melhor com "Lovesong" e "Push" mas com "In Between Days" foi a rendição. Daí em diante não faltaram clássicos dos anos 80 e 90 como "Just Like Heaven", "A Forest", "Close to Me", "The Caterpillar", "Friday I'm in Love" celebrando perfeitamente o dia que nada mais era que uma sexta-feira e "Let's go to Bed" e uma avalanche sem fim de clássicos que só foi interrompido pela organização do festival que após 3 horas de show deu apenas três minutos mais para a banda encerrar com "Boys Don't Cry", afinal, por se tratar de um festival os horários são limitados mas nada grave no geral, só faltaram alguns clássicos mais mas ao menos temos motivos para recebe-los num futuro.


E o dia não fechou com o Cure já que nesta edição o festival recebeu um pacote bastante extremo. Tudo bem que em outras ocasiões até o Motorhead já tocou. Sem contar em grupos como Monotonix e Fucked Up que também tem veias punks. Porém este ano a coisa foi mais profunda com Mayhem, Napalm Death, Trash Talk e OFF! Também estavam previsto o Melvins que cancelou na última hora. O único que não entendemos foi porque não juntaram todas estas bandas, mais extremas num único dia, dando a oportunidade ao público metal e hardcore a mesma que os fãs do The Cure, comprar entradas para um único dia e não ter que comprar o abono de todo o festival para conferir bandas que quando tocam em casas menores, tocam por preços bem menores. Fica a experiência.

O show do Napalm Death é sempre imperdível mas vê-los num palco maior, não muito maior do que estão acostumados, com mais potencia sonora e ao ar livre foi uma experiencia nova. Lançando o excelente Utilitarian a banda atacou com músicas de todos os álbuns como já era esperado mas abriu mesmo com "Errors in the Signals", assustando um ou outro indie rocker desavisado que passava pelo local. Além dessa, "Everyday Pox" também foi tocada com direito ao zumbido das cornetas na versão de estúdio desta música mas a festa fica completa com "Siege of Power" e "Scum", entre outros clássicos que não cansamos de escutar. O que muita gente achou estranho foi a decisão da banda de não aceitar fotógrafos na barricada, alguns classificaram como estrelismo e outros entenderam ao contrário. Realmente estrelismo é ter o photopass para fotografar-los, uma permissão para uma banda que não se importa em ser fotografada e que nem é necessário pedir.

Quem não se preocupou com isso foi o Mayhem e seu black metal nórdico. A polêmica banda chegou ao Primavera Sound gerando muita expectativa e com a possível execução na íntegra de De Mysteriis Dom Satanas, que ao final não foi executada de ponta a ponta mas o setlist estava recheado. Capitaneada por Necrobutcher os noruegueses arrasaram o cenário com um palco totalmente decorado com cabeças de porco e tochas, além do figurino ensangüentado do vocalista Attila Csihar, um crucifixo de ponta cabeça junto ao microfone e o tradicional frente de cranio na mão e "Freezing Moon" devastando. O público que já era grande para o Napalm Death só aumentou e brutalizou para o Mayhem. Muita gente que já tinha assistido a banda em outras ocasiões pode testemunhar e classificar esta como uma das melhores atuações da banda nos últimos anos. Se compararmos com o que vimos ano passado no Hellfest, não há dúvidas.

Quem também esteve presente e que teve que se contentar com um público menor foram os californianos do Trash Talk. Quem ainda não conhece e é fã de hardcore total, chamo de total porque só hardcore é pouco. Ritmo abrasivo e riffs vulcanicos do melhor punk underground do momento. A banda possui dois discos e um EP, um deles produzido por Steve Albini com músicas que mal superam um minuto de duração. O show foi intenso e o setlist extenso para a meia hora que ficaram no palco, na verdade nem todos os integrantes ficaram no palco já que o vocalista praticamente passou o show jogado na galera e em determinado momento no centro de um mosh pit enquanto berrava porradas como "Awake", "Flesh and Blood" e "Vultures", intenso até a medula. Aí sim minha aventura pós UTI passou a ser desgastante.


Para finalizar a noite e acalmar o corpo demos uma passada no The Drums, banda novaiorquina que se tornou queridinha do público e que esteve no festival em 2010. Desta vez defendendo um novo álbum, Portamento, e oficialmente como um trio. Apesar do hit "Let's Go Surfing" ter ajudado em popularizar-los o mesmo poderia ter marcado negativamente a banda, como "aqueles que cantam a música do assovio". Com o disco novo mudaram um pouco a fórmula mas não perderam a essência mas no fundo o que o público queria escutar era, além da anunciada, "Best Friend" e "Man and the Moon", entre outras.

Sábado 02/06/2012 - Terceiro dia.

Sábado foi um dia de poucas e selecionadas missões. Veronica Falls foi a primeira delas. A nova esperança britânica se fez ouvir no palco Mini, que de pequeno não tem nada já que o nome se devia a marca de carros que patrocinava este recanto. Ainda cedo, sete da noite se fez ouvir seu surf-pop/garage uma e outra vez até escuro e boas músicas como "My Heart Beats" e "Bad Feeling". O quarteto já havia passado pela edição de inverno do festival, chamado Primavera Club e nós deixamos escapar.


Apesar de bons nomes na redondeza, resolvemos nos reservar para o curto, intenso e explosivo show da noite. As onze da noite o lendário Keith Morris e seus comparsas aterrizavam com seu OFF! no palco da Vice, o mesmo que recebeu Mayhem e Napalm Death. Mais conhecido como primeiro vocalista do Black Flag e fundador do Circle Jerks, Morris conseguiu recuperar toda a crudeza do passado, ajudado claro por Mario Rubalcaba (Rocket From the Crypt), Steve McDonald (Red Cross) e Dimitri Coats (Burning Bridges). Além de defender seu lançamento com 16 músicas em 16 minutos o grupo apresentou seu setlist de 21 petardos em menos de meia hora, público em massa, discursos contra injustiças e bom humor. Muito se fala neste estilo cru da banda mas existe outro grupo californiano que aparece em seu característico som, os Dead Kennedys, não somente nas interpretações de estúdio mas também no palco. Aqueles movimentos e espressões corporais estilo Jello Biafra também ficam nítidos ao vivo, geração de ouro da Califórnia. O quarteto abriu com "Panic Attack" e seguiu com "I Don't Belong" e "I Got News for You", neste momento os seguranças já queriam expulsar os fotógrafos da barricada, afinal três músicas são três música, ainda que seja em três minutos. Um pouco mais de tolerância foi liberada, dois minutos na verdade. E no meio de tudo isso ainda deu para sentir a ausência de "Rotten Apple", menos um minuto de palco. Mesmo assim, a apresentação foi de tirar o chapéu, talvez se fosse mais longa cansaria um pouco. Finalizaram com "Upside Down" e ainda que muita gente tinha esperança de um pouco mais um simples boa noite deu fim a apresentação.

Foi acabar o OFF! e "voar" para o Shellac, banda mais que habitual no festival. O grupo vem anualmente ao evento e toca no mesmo palco, o mais curioso é que muita gente espera esta visita e o ATP fica lotado, talvez a banda que leve mais público a este palco em todo o festival. Uma vez mais a banda foi demolidora e claro, esperamos ver-los outra vez em 2013.

Antes do fim e também no ATP um público mais reduzido porém honesto conferiu de perto o Godflesh, os verdadeiros fãs classificaram como um luxo poder assistir ao grupo. Com projeções de um mundo caótico ao fundo e muita escuridão no palco a dupla levou muito peso e suor para o palco e o público retribuía com o velho movimento de bate cabeça. A abertura ficou por conta de "Like Rats" e a demolidora fusão entre eletronico e metal foi adiante com "Avalanche Master Song" que só pelo título já da para saber como era estar diante do baixo de G.C. Green.

O festival deu adeus de forma oficial no Parc del Fòrum com o Justice. Uma parede sonora que fazia o corpo tremer e apesar do clima festeiro de D.A.N.C.E. atraiu um público que pouco tem a ver com a filosofia do festival, apesar da boa apresentação da dupla.

O encerramento oficial foi na tradicional Sala Apolo com mais um show doBlack Lips mas como o departamento médico não liberou, ficamos à distancia. FIM e até 2013


Confira fotos desse show, por Mauricio Melo:

ORIGINALLY PUBLISHED AT ZONA PUNK WEB SITE.

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